Sobre a origem da família Campos, lemos no livro "Vida do Padre Estanislau de Campos", publicado em 1765 em Roma por um sobrinho do dito padre, que ela descende de Filippe de Ban der Borg, nobre belga, que foi mandado pelos seus patrícios duas vezes como embaixador ao rei de Espanha, a quem naqueles tempos estavam sujeitos os Países Baixos. Na 1.ª. vez teve bom êxito a sua embaixada junto ao rei, porém não na 2.ª, pelo que, envergonhado, Filippe de Ban der Borg não se animou a voltar a sua terra nem demorou-se na Espanha porque, casando-se ali com Antonia del Campo, passou a Portugal, onde teve três f.ºs, dos quais o mais moço foi Filippe de Campos Banderborg, que se alistou como soldado voluntário e veio ao Brasil.

Do Rio de Janeiro passou a S. Paulo, onde casou em 1643 com Margarida Bicudo, f.ª do capitão Manoel Pires e de Maria Bicudo(1). Foi Filippe de Campos Banderborg capitão muito estimado em S. Paulo por sua civilidade, cortesia e boa instrução, e ocupou os honrosos cargos do governo; faleceu em 1681 em Parnaíba com testamento, e sua mulher Margarida Bicudo em 1708, deixando os 12 f.ºs.: (C. O. de S. Paulo)

Filippe de Campos recebeu ordem de presbítero em 1671 e foi o 1.º vigário colado pela mesa da Consciência e Ordens que teve em 1694 a matriz de Itu, por mercê do rei Dom Pedro II.

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(1) Pedro Taques diz em sua Nobil. Paulistana que Filippe de Campos, tendo acabado seus estudos de gramática no colégio de S. Antão, foi mandado por seus pais à universidade de Coimbra; tinha feito algumas matrículas quando, por acidentes do tempo extravagâncias de estudante, fez uma morte que o fez sair de Coimbra; e porque na corte e casa de seus pais não podia viver seguro, gozando da liberdade de passear, tomou a resolução de passar ao Brasil e meter tempo em meio. Veio para a Bahia, onde então o provincial jesuíta era sujeito de seu conhecimento e com o mesmo passou a S. Paulo, atraído já da amizade que tinha conciliado com o padre Vicente Rodrigues, natural de S. Paulo, que o recomendava a seus parentes e muito mais a seus pais para que o casassem com sua irmã Margarida Bicudo, por ser pessoa de reconhecida nobreza, homem estudante e de boa capacidade.O apelido "Banderborg" aparece depois de passado a Portugal, corrompido em "Wanderburg" e "Brandemburg".

Estanislau de Campos, padre da companhia de Jesus (1). Repetimos aqui o que escreveu o sargento-mor Pedro Taques autor, da Nob. Paul., que foi discípulo desse venerando e ilustre sacerdote:

"seguiu os estudos com tanto aproveitamento que foi um dos maiores barretes que teve a província do Brasil: foi lente de artes, e depois de teologia no colégio da Bahia, onde professou o 4.º voto. Foi reitor, deste colégio e provincial do Brasil duas vezes: a 2.ª no triênio de 1713. Teve tão grande aceitação que o seu nome era o mais conhecido em Roma dos seus reverendíssimos padres gerais, principalmente do padre geral Miguel Angelo Tamborino, de tal sorte que, quando do Brasil iam remetidas as pautas dos colégios com os nomeados para ocuparem as reitorias, infalivelmente havia de ir conta particular do padre Estanislau de Campos; e por esta se governava o reverendíssimo geral para remeter as letras aos religiosos que vinham nomeados para reitores e para provincial do triênio. Teve um respeito e veneração tão grande, não só dentro dos claustros de sua província, como das pessoas particulares da 1.ª nobreza das cidades da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, e S. Paulo, que outro algum religioso não chegou a merecer tanto. Já em avançados anos de idade decrépita se aposentou no colégio de S. Paulo, sua pátria, para com tranqüilidade do espirito se entregar todo à oração com Deus; e das suas virtudes havia uma grande opinião. Governando a capitania de S. Paulo Rodrigo Cesar de Menezes em 1722, em que tomou posse, não resolvia negocio algum, por mais árduo que fosse, sem consultar a Estanislau de Campos, cujos assertos venerava como de oráculo: teve muito particular amizade com este; e, quando passou por ordem régia para as minas de Cuiabá, deixando em seu lugar governando a capitania o coronel Domingos Rodrigues da Fonseca, ficou este advertido a consultar sempre toda e qualquer matéria pertencente ao governo, ao reverendíssimo Estanislau de Campos, a quem sempre escrevia do Cuiabá.

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(1) Esteve contratado para casar com Ignez Pedroso de Barros, f.ª de Antonio Pedroso de Barros e de Maria Pires de Medeiros; falecendo, porém, a sua noiva, desgostou-se tanto Estanislau de Campos que resolveu a tomar a roupeta da companhia de Jesus.

Tinha tão presentes os tratados de filosofia peripatética que, estando em idade de mais de 80 anos, quando em 1730 lia o curso de artes o padre mestre Nicolau Tavares, os estudantes filhos das pessoas principais da cidade o procuravam para lhes explicar a postila, trabalho a que não se negava em todos os dias de classe na meia hora que decorria das 10 e meia, em que sabiam os estudantes do pátio, até as 11 horas em que tocavam o silencio; e era tal a clareza e os exemplos com que se explicava que o mais insuficiente dos que concorriam a sua doutrina sabia desta lição com perfeito conhecimento da questão em que padecia a falta de percepção.

Celebrava sempre a missa as 5 horas da manhã, e, depois de tomada uma xícara de chocolate em seu cubículo, assentava-se no confessionário até que não houvesse mais penitentes; e as tardes passava, depois 4 horas, em oração numa tribuna da capela mór em que estava no sacrário o SS. Sacramento. Com tão singular vida ainda chegou aos 90 anos em que faleceu mais debilitado de forças pela austeridade da vida, do que enfraquecido pela enfermidade. Conheceu a hora de sua morte, e depois de recebido o sagrado Viático e a Extrema-unção, com semblante alegre e sereno, cheio de humildade agradeceu a assistência religiosa de seus irmãos que rodeavam o seu leito, pedindo-lhes que se recolhessem a descansar deixando-o só com o seu crucifixo, e que só as 5 horas da manhã voltassem, pois era a sua última hora de vida. Com saudosa repugnância obedeceram os religiosos confiados na santidade do reverendíssimo Estanislau de Campos, e certos de que naquela noite não acabava a vida. Dando as 5 horas o relógio correram todos e abrindo a porta do cubículo acharam o servo de Deus de joelhos em cima da cama com as mãos postas sobre o peito e nelas o santo Crucifixo, e os olhos abertos, mas já defunto, porque naqueles poucos minutos tinha expirado e entregue sua ditosa alma ao Criador. Com pasmo e saudosa alegria de lagrimas os reverendíssimos irmãos passaram para logo aquele venerando cadáver a um esquife forrado de veludo preto, e revestido com os paramentos sacerdotais, foi depositado na sacristia como costume em todos os colégios. Já os sinos tinham dado o primeiro sinal, quando os oficiais do senado da câmara e o dr. ouvidor geral e o corpo político de toda a nobreza e plebe tinha corrido à beijar-lhe a mão, e o acharam com o semblante alegre, o corpo flexível e a cor natural. Ornaram e cobriram aquele venerando cadáver com flores, sendo tão grande o concurso, que foi logo mandado um soldado do conde Sarzedas, a fazer guarda. Todos lhe assistiram ao oficio de corpo presente até se lhe dar sepultura dentro da capela mór".

Manoel de Campos Bicudo foi pessoa de muita estimação e respeito em S. Paulo, onde teve sempre o 1.º voto; possuiu grandes cabedais, numerosa escravatura e muitos índios que aprisionou no sertão e que conservava sob sua administração. A respeito deste paulista diz Pedro Taques que fez ele 24 entradas ao sertão do Rio Grande e Rio Paraguai, sendo 3 como soldado e 21 como capitão-mor da tropa para as partes da província do Paraguai, das Índias da Espanha. Quanto a data da última entrada no ano de 1653, ponderamos nós que há evidente erro, pois tendo seu pai se casado em 1643, não podia o f.º Manoel de Campos ser capitão-mor comandante na última entrada ao sertão em 1653 em que teria de idade uns 8 anos, pois que fora o 3.º f.º do tronco. Diz mais Pedro Taques que Manoel de Campos em sua companhia levou o seu sobrinho Gabriel Antunes de Campos, V. 1.º pág. 151; isto confirma o erro de data pois que este seu sobrinho foi batizado em Parnaíba em 1680. Esta última entrada devia ter tido lugar no principio do século 18.º. Continua Pedro Taques a narrar os acontecimentos como segue:

"Avizinhou-se (o capitão-mor Manoel de Campos) à redução dos índios do Rio Paraguai, acima dos padres jesuítas, e denominada...... conforme ao doutor Francisco Xarque de Andela liv. ... cap. ...

E para sossegar os ânimos dos padres jesuítas (declarados inimigos dos paulistas pelos sucessos antecedentes entre as tropas do capitão-mor Manoel Preto e de Frederico de Mello (1) e os padres Simão Mazetta, Antonio Rodrigues e José Cataldino, mandou o capitão-mor Manoel de Campos Bicudo por carta assegurar ao superior daquela redução que ele vinha de paz, e só pretendia penetrar os sertões à conquistar a barbara nação do gentio...

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(2) Em 1629 tinham destruído a Cidade Real de Guaíra e outras reduções espanholas.

Porém, teve como resposta de tão cortês como civil aviso ao terceiro dia um pé de exercito formado de mais de 2000 índios guerreiros com armas de fogo, de arco e flechas, fundas e outros instrumentos bélicos ao seu uso. Marchava diante de todo este corpo com seu mestre de campo general o padre superior da dita redução (é lastima não sabermos o nome) montado em um famoso cavalo; chegando ao nosso campo, adiantou os passos o capitão-mor Manoel de Campos para ter lhe mão no estribo. A este obsequioso cortejo correspondeu o padre superior com o furor de lhe dar com a estribeira nos narizes, que para logo lançaram sangue; o injuriado Campos, sem mais acordo que a resolução que lhe ministrou a ofensa, fez pé atrás e tomando a sua arma de fogo fez tiro ao mestre de campo jesuíta, que ainda estava montado; e quando o corpo caiu do cavalo em terra, já a alma o tinha deixado. Ao eco deste tiro se pôs o campo todo em descargas e se travou uma quase batalha porém os índios não sustentaram o ardor das nossas repetições, porque, desanimados da cabeça que lhes infundia o valor, puseram-se em retirada, o mesmo fazendo os nossos a melhorar de sitio procurando o receptáculo de uma mata espessa vizinha. Neste lance ficaram prisioneiros nove paulistas, sendo por todos o de maior apreço Gabriel Antunes de Campos sobrinho do capitão-mor Manoel de Campos Bicudo".

Faleceu este capitão-mor Manoel de Campos em 1722 e foi sepultado em S. Paulo na capela dos terceiros de S. Francisco, em cuja ordem tinha sido irmão ministro. Não tinha ele igual na corpulência e, entretanto, ninguém o excedia na agilidade da carreira. Foi 1.º casado com Luzia Leme de Barros, f.ª de Antonio Pedroso de Barros e de Maria Pires de Medeiros, V. 3.º pág. 480; segunda vez foi casado com Antonia Paes de Siqueira, f.ª do capitão Salvador de Oliveira Paes e de Izabel de Siqueira Mendonça. Tit. Siqueiras Mendonças. Esta Antonia Paes, viúva do capitão-mor Manoel de Campos, de quem não teve geração, passou a segundas núpcias com Clemente Carlos de Azevedo Cotrim, natural de Lisboa. Tit. Siqueiras Mendonças. O capitão-mor Manoel de Campos Bicudo teve de sua 1.ª mulher:

1-1 Antonio Pires de Campos casou-se com Sebastiana Leite da Silva, f.ª de Salvador Jorge Velho e de Margarida da Silva. Tit. Jorges Velhos. Teve 4 f.ºs que são:

1-2 Coronel Filippe de Campos Bicudo, batizado em 1673 em Parnaíba, casou-se com Margarida da Silva, f.ª de Salvador Jorge Velho e de Margarida da Silva do § 1.º. Acreditamos ser este o coronel do regimento formado em 1733 para a guerra contra os Paiaguás(1).

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(3) Pedro Taques em sua Nobiliarquia Paulistana deixou em dúvida quando, descrevendo a organização do regimento em 1733 pelo conde de Sarzedas para o fim de mover guerra aos gentios Paiaguás, diz que foi coronel do mesmo regimento este Filippe de Campos § 2.º Cap. 1.º e, mais adiante, tratando no Cap. 5.º § 3.º de outro do mesmo nome, a ele dá o mesmo posto no mesmo empreendimento. Entendemos, porém, que foi este § 2.º do Cap. 1.º o que ocupou esse posto, pois que o vemos, no lançamento do casamento de sua f.ª Maria de Campos em 1733 em Itu, com o posto de coronel, ao passo que em relação ao 2.º não se faz menção desse posto nem no livro de óbitos nem no lançamento dos casamentos de seus f.ºs.

Pág. 173

Teve os 3 f.ºs:

1-3 Pedro Vaz de Campos, batizado em 1674 em Parnaíba, segundo escreveu Taques, foi tenente-coronel do regimento de Filippe de Campos Bicudo § 2.º, por ser potentado em cabedais e armas com que podia servir de muito na guerra contra o gentio Paiaguá. Foi casado com Escholastica de Oliveira Paes, falecida em 1771, em Itu, estando segunda vez casada com Dom Francisco de Piza, f.ª de Francisco Paes de Oliveira d'Horta e de Marianna Paes Leme, n.p. de Salvador de Oliveira d'Horta e de Antonia Paes de Queiroz, natural da ilha de S. Sebastião, n. m. do governador Fernão Dias Paes e de Maria Garcia Betimk. Tit. Hortas. Teve de Escholastica Paes de Oliveira 8 f.ºs, todos já casados em 1771, época do inventário, e são:

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Acresce que faleceu o 2.º em 1762 em Itú com 52 anos de idade (óbitos de Itu); assim sendo, devia ter apenas 23 anos em 1733, idade esta em que ordinariamente não existe a necessária dose de experiências para ocupar um tal posto; ao passo que o coronel Filippe de Campos, de quem tratamos neste Cap. § 2.º, nascido em 1673 em Parnaíba, tinha em 1733 60 anos. Sobre este empreendimento escreveu Taques: "No ano de 1733, achando-se o conde Sarzedas, governador e capitão-general de S. Paulo, na vila de Itu por ordem de S.M. datada de 1732, formou na dita vila um regimento para servir na guerra e conquista dos Paiaguás; para coronel dele foi escolhido Filippe de Campos Bicudo, como pessoa em quem concorriam todas as boas qualidades conducentes ao bom êxito dessa empresa, sendo promovido a sargento-mor do dito regimento Antonio de Moraes Navarro (f.º do capitão José Nunes de Siqueira e de Izabel de Moraes) e a capitão de uma das companhias de infantaria José de Campos Monteiro. Foi o cabo desta guerra Gabriel Antunes Maciel, V. 1.º pág. 131, e comandante de todo o exército Manoel Rodrigues de Carvalho, tenente de mestre de campo general do governo da capitania de S. Paulo. No 1.º de Agosto de 1734 saiu do porto geral de Cuiabá, onde se achava parte da armada, o sargento-mor Antonio de Moraes Navarro e no distrito do Carandá se incorporou com o comandante Manoel Rodrigues de Carvalho que tinha já formado a armada com todos os oficiais e soldados e seguiram viagem até o rio Paraguai com todas as canoas de guerra, sem descobrirem vestígios do inimigo, até que sendo este descoberto fugiu com precipitação deixando mais de 60 canoas que foram queimadas por ordem de Carvalho.

2-2 Manoel de Campos de Oliveira casou-se com Maria Fenix de Toledo, f.ª do capitão-mor dom João de Toledo Piza e Castelhanos. Era morador em Santa Luzia, de Goiás.

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Deixando 150 soldados sob o comando do coronel Innocencio Martins de Almeida para guardarem a bagagem e munições de boca e de guerra em sitio bem escolhido, seguiu o resto do exército rio abaixo do Paraguai em perseguição do inimigo, sendo alcançados foram feitos prisioneiros seus espias e tomadas suas canoas de guerra, servindo-se dos prisioneiros para descobrirem os alojamentos das hordas inimigas, as quais foram totalmente destruídas e arrasadas, ficando prisioneiros mais de duzentos dos inimigos, resgatando-se do poder dos mesmos mais de vinte e tantas pessoas que ali se achavam em prisão, e se lhe tomaram todas as canoas que em seus portos se acharam. Triunfantes as nossas armas desta canalha barbara que tantas mortes e roubos tinham cometido contra os que iam e vinham do Cuiabá, e que agora ficavam destruídos, se recolheu o troço militar ao lugar do acampamento, onde tinha ficado o corpo de reserva dos cento e cinqüenta soldados com a bagagem e seguiu a armada viagem para Cuiabá onde foi recebida com demonstrações de alegria daqueles moradores". Tudo isto consta de uma atestação jurada e também assinada pelo conde de Sarzedas e pelo tenente mestre de campo Manoel Rodrigues de Carvalho, que passou o sargento-mor Antonio de Moraes Navarro a favor do capitão José de Campos Monteiro § 1.º do Cap. 5.º. Tomou parte nesta expedição Antonio Antunes Maciel, como coronel das companhias de Sorocaba, V. 1.º pág. 133; foi ajudante do cabo (ou coronel) Gabriel Antunes Maciel um João Antunes Maciel, que cremos ser o sobrinho daquele, no V. 1.º pág. 139, e não o irmão que faleceu em 1726, antes dessa expedição.

2-3 Estanislau de Campos Paes casou-se em 1749 em Itu com Luzia de Mello, f.ª do capitão-mor João de Mello Rego e de Bernarda de Arruda. Neste à pág. 155.

2-4 Maximiano de Oliveira Paes, morador nas minas de Cuiabá em 1771, casou-se em 1744 em Itu com Rita de Oliveira, f.ª de José de Oliveira Pedroso e de Josepha Leite do n.º 2-1 supra. V. 3.º pág. 536.

2-5 Bernardo José de Campos estava casado com Izabel Bueno, f.ª de Simão Correa de Moraes e de Anna Pinto, sem geração.

2-6 Pedro Vaz de Campos estava casado com Ursula Bueno da Câmara, f.ª de José do Prado da Câmara e de Rosa Bueno de Camargo. V. 1.º pág. 309. Teve q. d. naturais de Araritaguaba:

1-4 Estanislau de Campos, f.º do Cap. 3.º, foi batizado em 1677 em Parnaíba e faleceu solteiro.
 
 

1-5 Padre Manoel de Campos, clérigo do hábito de S. Pedro.
 
 

1-6 Margarida de Campos Bicudo casou-se em 1708 em Itu com Domingos Jorge da Silva, sargento-mor de batalha, f.º do capitão Salvador Jorge Velho e de Margarida da Silva. Com geração em Tit. Jorges Velhos.
 
 

1-7 Maria Pires Monteiro, faleceu solteira.
 
 

Francisco de Campos casou-se em 1677 em Parnaíba com Marianna Cardoso, natural da Freguesia Nazareth, S. Paulo, f.ª de Manoel Cardoso e de Catharina Rodrigues. V. 1.º pág. 126. Teve:

1-1 Mathias de Campos casou-se com Margarida da Silva e Moraes, f.ª de Balthazar de Lemos e Moraes e de Izabel Pires Monteiro. Tit. Moraes. Teve:

1-2 Padre Filippe de Campos, presbítero de S. Pedro em 1610, faleceu em Itu.
 
 

1-3 Padre Francisco de Campos, presbítero de S. Pedro, faleceu em Itu.
 
 

1-4 Estanislau Cardoso de Campos, jesuíta professo no 4.º voto, passou para Roma.
 
 

1-5 Anna de Campos, f.ª do Cap. 4.º, casou-se em 1719 em Itu com Mathias de Oliveira, f.º de Mathias de Oliveira Gago e de Maria de Chaves. Tit. Alvarengas.
 
 

1-6 Apollonia de Campos casou-se 1.º com Domingos Machado de Almeida, natural de Nazareth, f.º de Sebastião Machado de Lima e de Catharina de Almeida, V. 1.º pág. 56, e errata nesse V; segunda vez casou-se em 1717 em Itu com Diogo de Castilho, f.º de outro de igual nome e de Agostinha Rodrigues, Tit. Fernandes Povoadores. Teve, do 1.º, f.º único:

1-7 Catharina de Campos, f.ª do Cap. 4.º (omitida por Pedro Taques), casou em 1695 em Itu com Jeronimo da Veiga Monteiro, f.º de Antonio Bicudo Leme e de Apollonia da Veiga. Com geração em Tit. Bicudos.
 
 

José de Campos Bicudo foi juiz ordinário em Pitangui em 1720 e penetrou, com seu genro Antonio Rodrigues Velho, o sertão do Rio S. Francisco; nascido em 1657 em Parnaíba, foi 1.º casado com Ignez Monteiro da Silva, f.ª de Bento Pires Ribeiro e de Sebastiana Leite da Silva, V. 2.º pág. 131; segunda vez casou-se em 1704 em Itu com Maria de Almeida, viúva do sargento-mor Antonio de Oliveira Vargas, V. 3.º pág. 535, f.ª de Lourenço Correa Ribeiro e de Maria Pereira de Azevedo. Tit. Almeidas Castanhos. Faleceu em 1731 e teve:

Da 1.ª:

1-1 José de Campos Monteiro, falecido em 1766 em Itu, casou nessa vila em 1726 com Archangela Paes de Campos, falecida em 1751, f.ª de João Paes Rodrigues e de Margarida Bicudo. V. 1.º pág. 153. Foi prestante cidadão em Itu, onde serviu honrosos cargos e ocupou o posto de capitão de uma companhia do regimento de que fora coronel seu primo irmão Filippe de Campos Bicudo, Cap. 3.º § 2.º, organizado pelo conde de Sarzedas em 1733 para a conquista dos índios Paiaguás. Teve, pelo seu inventário em Itu, 9 f.ºs:

1-2 Margarida de Campos casou-se em 1705 em Itu com Antonio Rodrigues Velho, capitão-mor das minas de Pitangui, onde foi juiz ordinário em 1718 e teve estabelecimento de lavras minerais, e ali faleceu em 1766, f.º de Garcia Rodrigues Velho e de Izabel Bicudo, esta f.ª de Gonçalo Pires e de Juliana Côrtes, e Garcia Rodrigues f.º de outro de igual nome. Tit. Garcias Velhos. Nada podemos adiantar sobre a descendência deste casal, que ficou em Minas Gerais; limitamo-nos a transcrever o que escreveu Pedro Taques na sua Nob. Paul. Teve:

(1) Procurador da câmara de Pitangui em 1720.

1-3 Filippe de Campos Bicudo, f.º do Capítulo 5.º e 2.ª mulher Maria de Almeida, falecido com 52 anos em 1762 em Itu, onde casou-se em 1728 com Izabel de Arruda, inventariada também em 1762 em Itu, f.ª de Miguel Arruda Sá e de Maria de Almeida. Neste à pág. 136. Teve pelos 2 inventários mencionados (C. O. de Itu) 8 f.ºs:

Bernardo de Campos Bicudo casou-se em 1.º em 1689 em Itu com Benta Dias de Proença, f.ª do capitão Balthazar de Godoy Bicudo e de Ignez Dias de Alvarenga, Tit. Godoys Cap. 2.º § 1.º, 2-1, 3-5; segunda vez casou-se em Pindamonhangaba com Francisca Romeiro da Silva, f.ª de João Correa de Magalhães e Vasconcellos e de Francisca Romeiro Velho Cabral, natural de Pindamonhangaba, e seu marido de Lamego. Foi capitão da vila de Pitangui e ali morador. Teve

Da 1.ª:

1-5 José de Campos da Silva casou com ...... Sem geração.
 
 

1-6 Margarida de Campos, foi casada com João Ribeiro de Vasconcellos. Teve 5 f.ºs:

1-7 Francisca Romeiro da Silva, foi casada com Manoel Ferreira do Valle, que foi capitão de ordenanças de Pitangui, natural de Requião, Braga. Teve:

1-8 Josepha Romeiro de Campos, foi casada com Manoel da Costa Ferreira, irmão do capitão Domingos Ferreira da Veiga Castro, que foram pessoas de cabedais no reino, naturais de S. Vicente de Penço, Braga. Foi com seu marido e f.ºs de Pitangui à Lisboa e, falecendo seu marido, entrou com hábitos seculares no convento de Santa Clara em Santarém, onde também foram professas suas duas f.ªs Teve 3. f.ºs:

1-9 Maria Romeiro de Campos foi casada com Lopo Bernardo Rebello. Sem geração.
 
 

1-10 Escholastica Maria, faleceu solteira.
 
 

Nuno de Campos Bicudo casou-se em Itu, donde era natural, em 1693 com Maria Pires da Silva, natural de Atibaia, f.ª de Antonio Pedroso de Barros e de Maria Leite de Proença; n. p. de Antonio Pedroso de Barros, † em 1678, e de Maria Pires de Medeiros, n. m. de Pedro Dias Leite e de Anna de Proença. V. 3.º pág. 479. Teve naturais de Itu:

1-1 Angelo Pires de Campos, faleceu solteiro.
 
 

1-2 Filippe de Campos Leite, casou em 1739 em Itu com Jacintha de Arruda, f.ª do capitão-mor Manoel de Sampaio Pacheco e de Veronica Dias Leite. Neste à pág. 49. Teve 3 f.ºs:

3-5 João Leite de Sampaio Ferraz, casou com Helena Maria de Souza, f.ª do capitão Vicente do Amaral Campos e de Helena Maria de Sousa. Tit. Godoys. Com geração, entre outras:

3-6 Francisco Leite de Camargo, casou 1.ª vez com sua sobrinha Maria de Almeida Leite, n.º 4-14 da pág. 202; 2.ª vez em 1837 em Itu com Theresa Martins Barros, f.ª de Sebastião Homem de Mello e de Maria Soares de Barros. Tit. Vaz Guedes Cap. 2.º § 2.º; e 3.ª vez com Josepha Joaquina de Cerqueira, f.ª de Salvador de Cerqueira Cesar e de Maria da Cruz Amaral. Tit. Garcias Velhos. Teve da 1.ª mulher (C. O. de Itu) 5 f.ºs:

Teve da 3.ª mulher, pelo inventário de seu sogro Salvador de Cerqueira Cesar em 1845 em Campinas:

3-8 Riga Luiza de Camargo, casou em 1810 em Itu com Ignacio do Amaral Campos, viúvo de Gertrudes Maria de Menezes, f.º de Antonio do Amaral Gurgel e de Maria Leite. Com geração em Tit. Godoys Cap. 4.º § 3.º n.º 2-2, 3-1, 4-4.

3-9 Barbara Leite, faleceu solteira.

3-10 Maria Leite, última f.ª de 2-2 e 3.ª mulher Anna Esmeria de Camargo, faleceu solteira.

Da 4.ª mulher teve:

3-11 Elias Leite de Camargo (o pipoca), casado com Anna do Amaral Campos, f.ª de Ignacio do Amaral Campos e 1.ª mulher Gertrudes Maria de Menezes. Tit. Godoys Cap. 4.º § 3.º n.º 2-2, 3-1, 4-4, 5-1, 6-3.

3-12 Francisca Leite, casada em 1824 em Itu com José Ferraz Bueno (ou José Bueno de Siqueira, como se chamou no casamento), f.º de José Luciano Leite, de Tatuí, e de Maria Bueno, n. p. de Bento Leite de Siqueira e de Maria Ferraz, n. m. do capitão Maximiano de Oliveira Bueno e de Maria Custodia Bueno de Camargo. Tit. Siqueiras Mendonças Cap. 4.º § 2.º, 2-2, 3-10, 4-4, 5-3.

3-13 Anna de Siqueira, foi casada com Elias de Arruda Pacheco, f.º de João de Arruda Penteado (o cego). Neste a pág. 116.

1-3 Bernardo de Campos Bicudo, f.º do Cap. 7.º, casou-se em 1735 em Itu com Maria Leite, f.ª de Francisco Gonçalves de Siqueira e de Bernarda Leite.
 
 

1-4 Nuno de Campos Bicudo, casou-se em 1738 em Itu com Anna de Arruda, f.ª de Francisco de Arruda e Sá e de Anna de Proença. Neste à pág. 124. Teve 11 f.ºs, naturais de Itu, e são:

1-5 João Pires de Campos, f.º do Cap. 7.º, casou-se com Maria Leme Cardoso, f.ª de Francisco Cardoso Ribeiro e de Catharina de Siqueira Leme (1); segunda vez foi casado com Margarida de Lima, f.ª de João Gago Ribeiro e de Anna Ribeiro. Tit. Alvarengas. Teve q. d.:

Da 1.ª:

(1) Pedro Taques diz que o § 5.º. casou-se, com grande sentimento de seus pais, com uma mameluca.

1-6 Izabel de Campos, casou-se em 1715 em Itu com Pedro Correa de Godoy, f.º de Balthazar de Godoy Bicudo e de Ignez Dias de Alvarenga. Com geração em Tit. Godoys.
 
 

1-7 Rosa Pires de Campos, casou-se em 1729 em Itu com João Baptista Machado, f.º de Manoel Machado de Lima e de Leonor Faleiros. João Baptista Machado, segundo escreveu Taques, faleceu em Cuiabá. Teve q. d.:

1-8 Anna de Campos, † em 1780, última f.ª do Cap. 7.º, casou em 1735 em Itu com José de Sá e Arruda, falecido em 1763 nessa vila, f.º de outro de igual nome e de Maria de Araujo. Neste V. à pág. 69. Ali a geração.

Anna de Campos, falecida com testamento em Itu em 1713, foi casada com Antonio Antunes Maciel, natural de S. Paulo, falecido em 1725 em Itu, estando casado 2.ª vez com Josepha Paes de Siqueira, f.ª de Gabriel Antunes Maciel e de Mecia Cardoso. Com geração no V. 1.º pág. 151.
 
 

Maria Bicudo de Campos, batizada em 1664 em Parnaíba, ali casou em 1677 com Francisco Cardoso, natural de S. Paulo, f.º de Manoel Cardoso e de Catharina Rodrigues. V. 1.º pág. 97. Com geração.
 
 

Antonia de Campos, nascida em 1660 em Parnaíba, faleceu em Itu em 1728. Foi casada (C. Ec. de S. Paulo) com o sargento-mor João Falcão de Sousa, natural da Ilha de S. Miguel, irmão do morgado Ignacio de Sousa Falcão, f.ºs de ........ e de Margarida do Rego, que era irmã, por pai, de Anna de Arruda, esta avó dos três irmãos Arrudas que vieram à S. Paulo e formam o Tit. Arrudas; portanto era parente em 2.º grau misto ao 3.º por direito canônico com os irmãos Arrudas. Teve f.ª única (C. O. de S. Paulo):

1-1 Barbara de Sousa Menezes, falecida em 1716 em Itu, donde era natural e onde casou em 1710 com Manoel de Sampaio Pacheco, natural da ilha de S. Miguel, da vila de Ribeira Grande, que foi capitão-mor de Itu e ali faleceu em 1762, f.º do capitão Manoel Pacheco Botelho e de Maria de Arruda, ambos da vila da Ribeira Grande; n. p. de Sebastião Botelho da Fonseca, natural de Calhetas, e de Catharina de Viveyros, do mesmo lugar, n. m. do capitão Nicolau da Costa de Arruda e de Ignez Tavares. Neste à pág. 3. Teve 2 f.ºs:

Izabel de Campos, batizada em 1661 em Parnaíba, casou com Pedro Dias Leite, f.º de Manoel Ferraz de Araujo, natural do Porto, e de Veronica Dias Leite. V. 2.º pág. 498. Este Pedro Dias Leite foi 2.ª vez casado com Antonia de Arruda, f.ª de Francisco de Arruda Sá e de Maria de Quadros, e deixou desta 2.ª mulher grande geração descrita neste V. à pág. 6. Aqui damos os f.ºs da 1.ª mulher Izabel de Campos Cap. 11.º, que são:

1-1 Theodosio Ferraz, faleceu solteiro.
 
 

1-2 Manoel Ferraz de Campos, casou em 1716 (C. Ec. de S. Paulo) com Anna Ribeiro, f.ª de José Correa Penteado e de Lucrecia Leme de Barros. V. 3.º pág. 441. Teve 4 f.ºs, que são:

1-3 Padre José Ferraz, da companhia de Jesus.
 
 

1-4 Margarida Bicudo Leite de Campos, casou em Itu com João Bicudo de Brito, f.° de Manoel Bicudo de Brito e de Thomasia de Almeida, sua 1.ª mulher. Tit. Bicudos Cap. 1.º § 1.º. Teve 2 f.ºs:

Maria Bicudo de Campos, falecida em 1755 em Itu, foi 1.° casada em 1688 nessa localidade com Mauricio Machado Barreto, f.º de Manoel Machado, falecido em 1672, e de Cecília Ribeiro, Tit. Alvarengas; segunda vez casou com Lourenço Correa Ribeiro, viúvo de Maria Pereira de Azevedo, f.º de Serafino Correa e de Izabel de Anhaya, Tit. Almeidas Castanhos. Teve:

Do 1.°:

1-1 Padre Filippe Machado de Campos, que foi vigário da vara da igreja de Itu.

1-2 Cecília Ribeiro de Campos, casou-se em 1706 em Itu com Antonio Correa da Silva, f.° de outro de igual nome e de Margarida Bernardes. Tit. Alvarengas, ali a geração.

1-3 Maria de Campos, casou 1.° em 1713 em Itu com Salvador de Espinha da Silva, f.° de Antonio Godinho de Faria e de Catharina de Espinha, do Rio de Janeiro. Mudaram-se para Cuiabá, onde deixaram geração.Do 2.° marido, Lourenço Correa Ribeiro, deixou filhos descritos em Tit. Almeidas Castanhos.