Genealogia Paulistana
Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
Vol II - Pág. 92 a 135
Tit. Pires
(Parte 3)
10-6 Floriano Antonio de Moraes Junior, bacharel em direito, fazendeiro, deputado ao congresso federal em 1900, foi casado com Leonidia Alves, já †, f.ª do barão de Itapema, Francisco Alves Cardoso, já †, e de Candida, baronesa do mesmo titulo. Com 1 f.ª menor em 1902:
10-8 Colleta de Moraes Godoy casada com Lupercio de Godoy. Com geração.
9-5 Anna foi casada com seu tio paterno Bento Pires.
9-6 Herlinda casada com o tenente-coronel Julio Joly Netto f.º do major Eugenio Joly e de Maria Carolina. V. 1.º pág. 492.
7-10 Antonio Manoel Silveira, f.º de 6-6, casou em 1815 em Atibaia com Maria Francisca f.ª de Francisco Soares de Lima e de Maria Cardoso de Oliveira. Tit. Pretos. Teve q. d.:
7-12 Anna Francisca Pedroso casou em 1820 em Atibaia com Manoel Antonio Soares. Teve q. d.:
6-8 José de Siqueira Franco, f.º de 5-4, foi capitão-mor de Atibaia e faleceu em 1814; casou 1.º em 1782 em Atibaia com Helena de Moraes Araujo, viúva do capitão Francisco Lourenço Cintra, † em 1780 em S. Paulo, em Tit. Lemes; 2.ª vez casou em 1799 em Atibaia com Francisca Margarida Pedroso, natural de Parnaíba, f.ª de Jeronimo de Godoy Moreira e de Maria Joaquina Pedroso. Sem geração da 1.ª; porém, teve da 2.ª:
7-2 Anna
7-3 Maria Polycarpa Franco casada em 1820 em Atibaia com Manoel José Rodrigues f.º de Angelo Franco Corrêa e de Josepha Rodrigues da Cunha, à pág. 36 deste.
7-4 Alferes Joaquim Antonio da Silveira casou em 1840 em Atibaia com Rita de Cassia f.ª de João José da Silveira do n.º 7-1. V. 1.º pág. 491.
7-5 Theodoro
7-6 Maria Caetana casou em 1834 em Atibaia com Francisco Bueno da Cunha f.º de Aleixo José Bueno e de Escholastica Ortiz de Camargo. Tit. Furquins.
7-7 Gertrudes
6-9 Escholastica da Silveira Franco, f.ª de 5-4, faleceu com testamento em Mogi das Cruzes e casou em 1788 com Antonio Bueno da Silva. V. 1.º pág. 505. Sem geração.
6-10 Maria Gertrudes Franco, f.ª de 5-4, faleceu com 67 anos em 1801, e foi casada com o guarda-mor Lourenço Leme de Brito e de Christina Maria de Siqueira, de Taubaté. Tit. Siqueiras Mendonças. Teve 11 f.ºs:
8-2 Theodoro José de Toledo, solteiro, morador no termo da vila da Constituição (hoje Piracicaba).
8-3 Candido Xavier de Toledo casado e morador na vila de Caxias.
8-4 Maria Perpetua Teixeira casada 1.º em 1814 na vila de S. Carlos (hoje Campinas) com Antonio Duarte do Rego f.º de José Duarte do Rego e de Ursula Maria Bernardes, em Tit. Prados Cap. 6.º § 3.º, 2-2, 3-10; segunda vez casou-se em 1830 em S. Carlos com Romão Vidal (de Epanha). Teve do 1.º: (C. O. Campinas)
10-2 José Sarmento, capitão reformado.
10-3 Joaquim Ulysses Sarmento.
10-4 Luiz Gambetta Sarmento.
10-5 Bacharel em direito Alberto Sarmento.
10-6 Josephina Sarmento casada com Heitor Peixoto. Com 1 f.º:
10-8 Cincinato Sarmento, farmacêutico diplomado, já †.
10-9 João Sarmento, † solteiro.
10-10 Elisa Sarmento Pimentel, já †, foi casada com João Pimentel. Com geração.
9-3 Joaquim Carlos Duarte.
8-5 Maria Angelica de Toledo foi moradora em Campinas, no estado de solteira.
Teve 1.º marido a f.ª única:
10-2 José
10-3 João
10-4 Leopoldo
10-5 Octavia
10-6 Joaquina
10-7 Francisca
10-8 Leopoldina
9-4 Gertrudes Guilhermina Egydia de Camargo, já falecida, baronesa de Juqueri, foi 1.º casada com Ignacio Nogueira, e 2.ª vez com o coronel Francisco de Assis Valle Junior, barão de Juqueri, residente em Bragança. Sem geração.
9-5 Francisco Antonio da Silveira, † em 1881, foi casado com Gertrudes Theresa da Silveira, natural de Bragança, f.ª do coronel Luiz Manoel da Silva Leme e de sua 2.ª mulher Carolina Eufrasia de Moraes, n. p. do sargento-mor Antonio Leme da Silva e de sua 2.ª mulher Rosa Maria de S. José; n. m. do capitão de milícias Luiz Gonzaga de Moraes, e de Gertrudes Theresa da Silveira, naturais de Atibaia. Teve:
10-2 Maria casada com Antonio Dias Novaes, já †, f.º do dr. João Novaes, falecido em S. Paulo, e de Maria Novaes. Com geração.
10-3 Carolina da Silveira casada com João Pupo Junior f.º de João Baptista Pupo de Moraes e de Luiza Gabriella Nogueira. V. 1.º pág. 235. Com geração.
10-4 Carmelina casada com o capitão João de Salles Pupo, de Campinas, f.º de Luiz Henrique Pupo de Moraes e de Francisca de Salles. Tit. Macieis. Com geração.
10-6 Luiz da Silveira Leme.
10-7 Amalia, faleceu em menoridade.
10-2 Julietta, solteira.
10-3 Manoel José Ferreira da Silva.
10-4 João Ferreira casado com Anna f.ª de Delphim Franco de Godoy e de Maria Francisca do Carmo.
10-5 Maria casada com seu primo irmão José Gonzaga Cintra f.º do alferes Luiz Gonzaga de Moraes e de Francisca Emilia da Silveira, 9-9 abaixo. Com geração.
10-6 Justina casada com Alziro Carneiro. Com geração.
10-7 Alzira casada com Ernesto de Assis Gonçalves f.º do major da guarda nacional Francisco de Assis Gonçalves, de Bragança, e de Antonia Fortunata da Annunciação Gonçalves. Sem geração.
10-8 Leonidia casada com Antonio Manoel Gonçalves f.º de outro de igual nome e da 1.ª mulher.
10-9 Antonio
10-10 Joaquim
10-11 Francisco
10-12 José
10-3 Amelia casada com Florencio Soares Moniz f.º de outro supra.
10-4 João
10-5 Aristides
10-6 Ernestino
10-2 Arthur Alves de Godoy casado com Maria Gomes Pinto de Godoy.
10-3 Elvira Alves de Aguiar casada com Affonso Bueno de Aguiar. V. 1.º pág. 496.
10-4 Alice Alves de Godoy, solteira em 1899.
10-5 Leonidia Alves de Godoy.
10-6 Raul Alves de Godoy.
10-7 Trajano Alves de Godoy.
10-8 Maria Luiza de Godoy.
9-10 Francisca Emilia da Silveira, já falecida, foi casada com o alferes Luiz Gonzaga de Moraes, já †, f.º do capitão Luiz Gonzaga de Moraes e de Gertrudes Theresa da Silveira. Tit. Lemes Cap. 5.º § 5.º, neste V. 2.º Teve:
10-2 Frederico Gonzaga Cintra, † em 1904, foi casado com ... f.ª de Elias ... (de Uberaba) Com geração.
10-3 Evaristo Gonzaga Cintra, já †, foi casado com sua parenta Christina f.ª de José Ferraz de Siqueira Cintra, já †, (o Nhonhô Ferraz) e de Constança de Moura. Teve um f.º estudante no Ginásio Lamartine em 1903.
10-4 Francisca, † no 1.º parto, foi casada com Daniel da Silveira Vasconcellos f.º do † escrivão de Bragança, Candido José da Silveira e de Guilhermina de Vasconcellos. Com geração em Tit. Alvarengas.
10-6 Luiz Gonzaga de Moraes Cintra está casado com Maria Theresa do Valle f.ª do capitão Francisco de Assis Valle, já †, e da 2.ª mulher Libania de Assis Valle. Tit. Alvarengas. Tem f.ºs menores.
10-7 Maria está casada com José Egydio Gonçalves, capitalista em Bragança, f.º do capitão Antonio Manoel Gonçalves, e de Brandina ...., já falecidos. Com geração.
10-8 Felicio Gonzaga Cintra está casado com sua prima Julia Iracema Gonçalves f.ª do major Francisco de Assis Gonçalves e de Antonia Fortunata da Annunciação. Com geração, V. 1.º pág. 337.
10-2 Jorge Moreira Lima.
8-5 Izabel da Silveira Franco, f.ª de 7-2, casou em 1825 em Bragança com Antonio da Silveira Franco f.º de Francisco da Silveira Franco e Anna Gertrudes de Campos. Neste à pág. 72.
8-6 Anna de Brito Leme casou com Lucas de Siqueira Franco f.º de Estevão Soares da Rocha e de Helena Francisca Cardoso. Com geração em Tit Godoys.
8-7 Maria Izabel da Silveira casou em 1829 em Bragança com Elias de Godoy Moreira f.º de Manoel Joaquim de Godoy Moreira e de Anna Joaquina das Neves. Com geração.
8-8 Maria Joanna casou em 1835 no Belém (Itatiba), com Francisco de Assis Valle, já †, que foi morador em Bragança, f.º do alferes Antonio José do Valle, natural de Portugal, e de Gertrudes Theresa de Jesus, natural de S. Paulo. Com geração em Tit. Alvarengas.
8-9 Anna Jacintha de Oliveira, f.ª de 7-2, casou em 1828 com Antonio de Cerqueira Cesar f.º de Joaquim Moreira Cesar e de Maria Rosa. Com geração em Tit. Garcias Velhos.
8-10 Maria Gertrudes † em menoridade.
7-4 Capitão Ignacio Caetano Leme, f.º de 6-10, foi um dos fundadores de Campinas, e teve sua lavoura em Rebouças (antigo Quilombo). Foi natural de Atibaia e casou em 1799 na vila de S. Carlos com Maria Francisca de Campos f.ª de Pedro Gonçalves Meira, de Itu, e de Anna de Campos Penteado. Tit. Cubas Cap. 1.º § 1.º. Faleceu o capitão Ignacio Caetano em avançada idade em meados do século 19.º e teve 8 f.ºs:
Da 1.ª mulher:
9-2 Maria Jacintha, solteira.
9-3 Anna, solteira.
8-3 Diogo Antonio de Camargo Leme casou com Anna Candida de Oliveira f.ª de Lourenço Antonio Leme e de Escholastica de Oliveira; por esta, neta do capitão Raphael Cardoso de Oliveira, de Atibaia, e de Maria do Rosario, n.º 7-5 adiante. Teve:
10-2 Bento
10-3 Talgino
10-4 Anna Candida
10-5 Luiza
10-6 T...
10-7 Herculano.
10-2 Nabôr
10-3 Diogo
10-4 ...
10-5 ...
10-2 Anna
10-3 Antonio, casado com Minervina...
11-2 Benedicta
11-3 Risoleta
11-4 Francisco
11-5 Annibal.
9-3 ... casada com Bento Manoel Teixeira f.º do alferes Manoel Joaquim Teixeira Nogueira e de Anna Joaquina de Camargo. V. 1.º pág. 231.
9-4 Maria que casou com Domingos Franklin Teixeira, seu primo, f.º de Domingos Teixeira e de Maria Gertrudes n.º 8-6 adiante. Com 3 f.ºs:
10-2 Olympia
10-3 Franklin Teixeira.
Do 1.º marido os f.ºs:
9-2 Theresa casada com Aquilino Carlos de liveira. Com 4 f.ºs.
9-3 Elisa casada com Antonio Benedicto Teixeira. Com 6 f.ºs.
9-4 Luiza casada com José de Sousa Siqueira. Com 6 f.ºs.
9-5 Maria casada com Elias Teixeira de Escobar. Com 3 f.ºs.
9-6 Anna.
9-8 Alfredo de Moraes Leme casado com .... Com 5 f.ºs.
9-9 Juvenal Pupo de Moraes casado com .... Com 2 f.ºs.
8-8 Theresa Gabriella de Barros casou em 1840 na vila supra com Felisberto Claro de Escobar f.º do alferes José Manoel Bueno e de Clara Pereira de Escobar. Teve:
9-2 Antonio Pereira de Escobar casado com Escholastica.
9-3 Ignacio Pereira de Escobar casado com Maria.
9-4 Ermelinda.
9-5 Maria casou com seu tio materno Joaquim Caetano Leme n.º 8-1 supra.
9-6 Anna
9-7 Clara casou com seu primo Ignacio Caetano da Costa Leme f.º de 8-5 retro.
Do 1.º marido:
Pág. 105
8-2 Modesta casou 1.º em 1807 na vila de S. Carlos com Francisco de Paula Brito f.º de Domingos Bicudo de Brito, n. p. de Manoel de Brito Leme; 2.ª vez em 1815 na mesma vila com João Soares de Godoy f.º de José de Godoy Lima. Teve:
9-2 Candida foi casada com Daniel da Silveira Cintra, natural de Atibaia, f.º de Ignacio de Loyola Cintra e de Anna Francisca Cardoso. Tit. Lemes Cap. 5.º § 5.º neste V. 2.º.
9-3 Maria Theresa Bueno.
9-4 Joaquim
9-5 Francisca
9-6 Manoel
9-7 José
8-6 Escholastica Maria casada em 1819 na vila de S. Carlos com Lourenço Antonio Leme, natural de Atibaia. Teve:
9-2 Anna Candida de Oliveira casada com seu primo Diogo Antonio de Camargo Leme f.º do capitão Ignacio Caetano n.º 7-4 e 2.ª mulher. Com geração, à pág. 101 deste.
Pág. 106
9-3 Anna Luiza casada com José Teixeira.
9-4 Carolina, casada.
9-5 Francisca, casada.
9-2 Raphael Carlos de Oliveira.
9-3 Ignacio Carlos de Oliveira casado. Com geração.
9-4 João Carlos de Oliveira, solteiro.
9-5 Aquilino Carlos de Oliveira casado com Theresa, sua prima, f.ª de 8-5 de 7-4.
9-6 Ermelinda, †.
9-2 João
9-3 Theodoro
9-4 José
9-5 Candido
9-6 Maria
9-7 Anna
9-8 Antonio Franco Leme casou com Lucia f.ª de João Machado de Toledo e de Francisca de Paula Leite. Tit. Alvarengas.
10-2 Maria casada com ... Vianna.
10-3 Ottilia casada com José ...
10-4 Marciano Franco casado.
10-7 Lidinéa
10-8 Eurides
10-9 Pedro
10-10 Maria de Lourdes
10-11 Uma recém-nascida em 1904.
Do 1.º marido a f.ª já descrita.
Do 2.º teve:
9-2 Umbellina Florisbina Franco que casou em 1847 em Atibaia com o capitão Salvador Ribeiro de Toledo Santos f.º de Vicente Ferreira de Toledo Santos e de Anna Theresa do Prado e Silva, de Mogi-mirim. Foram moradores em Atibaia onde nasceram os 16 f.ºs seguintes:
10-2 Guilherme, faleceu solteiro.
10-3 Lydia foi 1.º casada com Lucas de Siqueira Campos f.º de Antonio Luiz da Rocha e de Anna Cardoso de Campos, à pág. 92 deste; 2.ª vez está casada com José Pires de Camargo f.º de João Pires de Camargo e de Maria Joaquina da Conceição, V. 1.º pág. 477.
10-4 Philomena, já †, foi casada com João Baptista Ribeiro.
10-5 Salvador casado com ....
10-6 Theresa, já †, foi casada com .... Com geração.
10-7 Eulalia, já †, foi casada com .... Com geração.
10-8 João Baptista, já †, foi casado com .... Com geração.
10-9 Auta está casada com o tenente Manoel Barbosa da Cunha, viúvo de 10-1 supra.
10-10 Antonio casado com ..... Com geração.
10-11 Francisca, já †, foi casada com João Baptista Ribeiro, viúvo de 10-4. Com geração.
10-12 Benedicto, †.
10-13 Aprigio de Toledo, solteiro em 1902, solicitador no foro de Atibaia.
10-14 Benedicto de Toledo, solteiro.
10-15 Celecina, solteira em 1901.
10-16 Davina de Toledo, casada em 1902 em Atibaia com Joaquim Pires de Camargo, f.º de João Pires de Camargo e de Maria Joaquina da Conceição. V. 1.º pág. 478.
9-4 Candido, faleceu solteiro.
8-4 Aurelio Justino Franco, f.º do n.º 7-7, foi casado com ...., f.ª do ajudante Francisco ...., e teve f.ªs que se recolheram ao convento.
Do 1.º marido, f.º único:
10-2 Guilhermina
10-3 Amelia
10-4 Eduardo
10-5 José Pessanha Franco casado com Maria Salomé f.ª de José Joaquim do Amaral Bueno e de Anna Jacintha.
9-4 João Pessanha casado com Gertrudes Pinto. Sem geração.
8-3 Manoela da Silva Coelho casada em 1803 em Atibaia com Salvador de Lima Bueno f.º de Francisco de Lima Bueno e de Maria de Oliveira, com geração em Tit. Prados.
8-4 Manoel Vicente da Silva, foi batizado em 1786 em Juqueri, e casou-se em Atibaia em 1813 com Anna Jacintha de Araujo f.ª do alferes Jacintho José de Araujo Cintra e de Maria Francisca Cardoso. Tit. Lemes Cap. 5.º § 5.º neste V. 2.º. Teve:
9-2 Christina casou com Florencio de Araujo Cintra f.º do alferes Jacinto, supra, com geração no Tit. Lemes citado.
9-3 Valeriana 2.ª mulher de Florencio de Araujo Cintra do n.º precedente, com geração
9-4 Maria Jacintha de Araujo foi casada com o comendador João Baptista de Araujo Cintra f.º do alferes Jacintho já mencionado, com geração em Tit. Lemes Cap. 5.º § 5.º citado.
9-5 Maria da Conceição casou-se com o major José Jacintho de Araujo Cintra f.º do alferes Jacintho. Com geração em Tit. Lemes já citado.
9-6 Barbara da Silveira casou-se com ... Caldeira, com geração.
Do 1.º, 2 f.ºs:
9-2 Lauriano José da Silva casado com ....
9-4 Francisco
9-5 Manoel, gêmeo com 9-6
9-6 Maria, gêmea com 9-5
7-10 Mecia Franco da Cunha casou-se em 1792 em Atibaia com o capitão Joaquim Antonio da Cunha, irmão inteiro do capitão Felisberto do n.º precedente. Teve q. d.:
6-11 Messia de Siqueira, f.ª do 1.º capitão-mor Lucas de Siqueira Franco e de Izabel da Silveira e Camargo, faleceu solteira em 1769 em Atibaia.
6-12 Gertrudes Franco, f.ª do 1.º capitão-mor Lucas, casou-se em 1804 em Atibaia com Lourenço Franco de Camargo, viúvo de Anna Franco da Cunha. Sem geração.
6-13 Antonia Franco última f.ª
do 1.º capitão-mor Lucas n.º 5-4 da pág. 48, faleceu
solteira.
4-2 Maria de Siqueira, f.ª de Anna Maria de Siqueira n.º 3-4, foi casada com Manoel de Siqueira de Mendonça.
4-3 Luiza de Siqueira Sobrinha, † em 1746 na Conceição dos Guarulhos, foi casada com Domingos Nunes Paes f.º de Fernando Munhoz Paes e de Messia Nunes Bicudo. Teve pelo inventário de Domingos Nunes em 1743 em Jacareí os 8 f.ºs seguintes:
6-2 Maria Theresa de Godoy que casou em 1771 em Mogi-mirim com Bento Leme de Brito f.º de Manoel de Brito Leme e de Luzia da Fonseca Pinto do n.º precedente.
5-3 Salvador Nunes Ferrão casou com Josepha Rodrigues Barbosa, viúva de João do Prado de Siqueira, † em 1747, f.ª de Antonio Rodrigues Lopes e de Maria da Luz Maciel. Tit. Rodrigues Lopes. Teve a f.ª única:
7-2 Luiz casado com Maria Gertrudes.
7-3 José da Cruz, solteiro, soldado na legião do Sul.
7-4 Joaquim com 34 anos, solteiro.
7-5 Alexandre (insensato).
7-6 Joaquina casada com Miguel Agostinho.
7-7 Jeremias com 21 anos em 1815, solteiro.
Da 1.ª mulher 4 f.ºs:
6-3 Nicolau
6-4 José
6-2 Joanna da Assumpção casada com João da Costa Pinto.
6-3 Ignacio do Moraes Borges
6-4 José de Moraes Borges.
6-5 Manoel Francisco de Moraes casou em 1778 em Nazareth com Maria Bicudo de Moraes, sua prima, f.ª do capitão Marcello Pires de Moraes e de Margarida Nunes de Siqueira.
6-6 Francisca Maria da Purificação.
6-7 Luiz Antonio de Moraes.
6-8 Leonor de Jesus Moraes.
5-7 Margarida Nunes de Siqueira casou em 1737 em Jacareí com o capitão Marcello Pires de Moraes f.º de Francisco Velho de Moraes e de Maria Bicudo de Brito. Tit. Oliveiras, aí a geração.
5-8 Catharina Paes de Siqueira, última f.ª de 4-3, estava casada com Serafino Corêa Boccarro.
Pág. 115
6-2 Marianna de Siqueira casou com Jeronimo da Rocha Bueno f.º de João Paes das Neves e de Anna Leme do Prado. Com geração neste Tit. no Cap. 10.º.
5-3 Bartholomeu
5-4 Jorge Rodrigues de Siqueira, f.º de 4-5, foi 1.º casado com Ursula Franco f.ª de Martinho Delgado e de Izabel Franco da Costa, V. 1.º, pág. 371; 2.ª vez casou em 1757 com Maria de Godoy f.ª de Francisco de Godoy Moreira e de Marianna Corrêa de Moraes (Cam. Ec. de S. Paulo). Faleceu Jorge Rodrigues em 1783 e teve (C. O. de Atibaia):
Da 1.ª mulher 2 f.ºs:
8-2 Mariano Ribeiro de Siqueira Franco casado em 1828 em Atibaia com Joaquina Furtado f.ª de José Rodrigues Bueno e de Anna Joaquina Bueno.
8-3 Anna Maria casada em 1840 em Bragança com José Pinto de Oliveira f.º de Braz José de Oliveira e de Jacintha Maria.
8-4 Cypriana Cardoso de Lima casada em 1840 em Bragança com Francisco Antonio f.º de Pedro Rodrigues e de Maria Generosa.
6-3 Domingas, † solteira.
Pág. 117
6-2 Antonio Rodrigues casado em 1791 em Atibaia com Escholastica Bueno f.ª de Antonio Pereira Padilha e de Marianna Bueno. Tit. Bicudos.
6-3 José Rodrigues Bueno casado em 1796 em Atibaia com Anna Joaquina Padilha f.ª de Ignacio Bueno de Camargo e de Angela Maria. Tit. Pedrosos de Barros. Teve:
4-2 Iphigenia Maria Francisca, † em 1775 em Atibaia, foi casada com José Pinto Carassa f.º do capitão João da Cunha Pinto e de Rosa Freire de Godoy. Com geração em Moraes.
4-3 Marianna Casado Vilas Bôas casou 1.º em 1773 em Sorocaba com Domingos Fernandes Granja, natural de Portugal; 2.ª vez com Antonio Gonçalves Funtão; e 3.ª vez em 1784 em Nazareth com Manoel José Vilaça, natural de Portugal, f.º de Domingos José Vilaça e de Maria Joaquina Pereira. Sem geração destes últimos, porém, teve do 1.º marido q. d.:
5-2 Capitão Luiz Antonio Gonçalves que casou em 1808 em Nazareth com Catharina Caetana de Almeida f.ª do capitão Domingos José Duarte Passos e da 2.ª mulher Maria Lourença do Monte Carmello. Tit. Alvarengas Cap. 4.º § único. Teve 4 f.ºs:
6-2 Catharina que foi a 1.ª mulher do tenente Jeremias Alvares de Almeida Ramos f.º do alferes José de Almeida Ramos e de Brigida Maria de Crasto. Tit. Alvarengas.
6-3 ..... casada com José Innocencio, de Sorocaba. Com geração.
6-4 Antonio Luiz Duarte Passos que casou 1.º com Cherubina f.ª de João Joaquim de Almeida Passos; 2.ª vez com Josephina Lange Adrien.
5-4 Gertrudes Theresa Gonçalves.
5-5 Anna Theresa de Jesus, † solteira em 1824 em S. Paulo.
5-6 Maria Joanna da Cruz.
5-7 Manoel Joaquim Gonçalves
5-8 João Francisco de Salles.
5-9 Bento Francisco da Annunciação, último f.º de 4-4.
5-3 José Antonio em 1812 estava ausente em lugar incerto.
5-4 Manoela Antonia de Moraes casou em 1810 em Nazareth com Mathias de Oliveira e Silva f.º de Claudio de Moraes Navarro e Maria Rosa da Silva. V. 1.º pág. 88. Mathias de Oliveira e Silva estava ausente em Minas Gerais em 1812.
5-5 Leonor casada com João Damasceno.
5-6 Antonio Casado Vilas Bôas ausente em Minas Gerais em 1812.
5-7 Manoel José da Silva estava casado com ....
5-8 Gertrudes Maria de Moraes casou em 1811 em Nazareth com Ignacio Cabral de Ornellas. Teve 4 f.ºs:
6-2 Antonio
6-3 Catharina
6-4 José.
5-10 Catharina, última f.ª de 4-5, † solteira.
3-7 Messia de Siqueira, f.ª de 2-1 e 2.º marido, foi casada com Marcellino Rodrigues da Gama f.º de Sebastião da Gama e de Maria Gonçalves Martins. Tit. Bonilhas. Teve 5 f.ºs:
4-2 Maria da Gama que foi 1.º casada com João Pereira Pacheco, † em 1571, 2.ª vez com Manuel Francisco Pereira. Sem geração deste; porém teve do 1.º marido:
6-2 Gertrudes Maria da Conceição foi casada com o alferes João Pires de Oliveira f.º de Manoel Pires Fragoso e de Maria de Oliveira. V.1.º pág. 124.
5-3 João Pires Pacheco casou em 1749 em Sorocaba com Anna Corrêa da Luz f.ª de Jeronimo Rodrigues de Moura e de Serafina Leite supra. Teve pelo inventário de sua mulher em 1765 em Sorocaba os seguintes f.ºs:
6-2 Maria
6-3 Marianna
6-4 Barbara Maria casada em 1773 em S. Paulo com Joaquim Barbosa Pires f.º de Estevão Barbosa Pires e de Joanna Soares de Siqueira . Tit Bonilhas.
7-2 Francisco Pereira Bueno casado em 1819 em Atibaia com Izabel Maria f.ª de Ignacio Alves de Godoy e de Gertrudes Maria de Araujo. V 1.º pág. 501. Com geração aí.
4-4 Anna Maciel da Gama foi casada com José de Sousa, natural de Lisboa, viúvo de Catharina, f.º de Filippe de Sousa e de Margarida Cordeiro. José de Sousa faleceu com testamento em 1742; não teve geração da 1.ª mulher, porém deixou de Anna Maciel os 6 f.ºs que seguem; (testamento na Cam. Ec. de S. Paulo).
5-2 Rosa de Sousa casou-se com Francisco Lopes de Medeiros f.º de Gaspar Lopes de Medeiros e de Catharina Cortes Neste V à pág. 28. Com geração.
5-3 João de Sousa da Silva casou-se em 1743 em Santo Amaro com Maria Nunes f.ª de Antonio Gomes Correa † e de Anna Nunes Tit Arzam. Teve q. d.
5-5 Francisca de Sousa casou-se em 1745 em Atibaia com Francisco Bueno de Camargo f.º de outro de igual nome e de Leonor Domingues,. V. 1.º pág. 417.
5-6 Rita de Sousa, última f.ª de Anna Maciel n.º 4-4, casou-se em 1746 em Atibaia com José Barreto de Moraes f.º de Gaspar João Barreto e de Francisca de Moraes. Com geração em Tit Freitas.
2-3 Maria de Siqueira foi casada com João de Lima do Prado f.º de Antonio de Lima, natural de Ponte de Lima, e de Joanna do Prado. Com geração em Tit Prados Cap. 4.º § 1.º, 2-2.
2-4 Anna Peres Vidal de Siqueira casou-se com Manoel de Lima do Prado, irmão de João de Lima do n.º precedente. Com geração em Tit Prados.
2-5 João Vidal (cremos que) foi o 2.º marido de Anna Teixeira da Cunha f.ª de Gaspar da Cunha Coutinho. Tit Furquins.
2-6 Pedro Vidal, ignoramos o estado em que faleceu.
2-7 Francisco de Siqueira, ignoramos o estado em que faleceu.
Pág. 123
2-8 Manoel Vidal de Siqueira, falecido em 1674, foi casado com Maria de Pinho e teve 3 f.ºs:
3-2 Mecia
3-3 Anna
1-4 Maria de Siqueira, f.º do
Cap. 7.º
§ 5.º
1-5 Anna Maria de Siqueira, última
f.ª do Cap. 7.º, casou-se com o coronel João Raposo Boccarro
f.º do cavalleiro Antonio Raposo e de Izabel de Góes. Com geração
em Tit Raposo Góes.
Cap. 8.º
Izabel Fernandes foi casada com Henrique
da Cunha Gago, o velho, de quem foi a 1.ª mulher. Com geração
em Cunhas Gagos Cap. 4.º.
Cap. 9.º
Salvador Pires de Madeiros. A seu respeito escreveu Pedro Taques: "foi capitão da gente de S. Paulo pelos anos de 1620 como pessoa das principais da terra, que assim se declara na sua patente registrada na câmara de S. Paulo. Foi grande paulista abundante em cabedais, estabelecido na serra ou sitio do Ajuhá, onde teve uma fazenda de grandes culturas e uma dilatada vinha, da qual todos os anos recolhia excelente vinho malvazia com muita abundância. Fundou a capela da gloriosa mártir Santa Ignez, cuja devoção tomou por ter este nome sua mulher. Foi casado com D. Ignez Monteiro de Alvarenga, cognominad, a matrona. Tit Alvarengas Cap. 2.º. Este capitão Salvador Pires com sua mulher fez doação a Bartholomeu Bueno das terras que o dito Pires herdara de seus pais por escritura de 1625". Teve de seu consórcio 10 f.ºs, naturais de S. Paulo:
1-2 Maria Fernandes Pires § 2.º
1-3 Antonio Pires de Medeiros § 3.º
1-5 Maria Pires de Medeiros § 5.º
1-6 Anna Pires de Medeiros § 6.º
1-7 Bento Pires de Medeiros § 7.º
1-8 Maria Pires Fernandes § 8.º
1-9 Salvador Pires de Medeiros § 9.º
1-10 João Pires Monteiro §
10.º
1-1 Alberto Pires casou-se em S. Paulo com Leonor de Camargo Cabral f.ª de Estevão Gomes Cabral e de Gabriela Ortiz de Camargo. V. 1.º pág. 381. A respeito escreveu Taques o seguinte:
"Deste matrimônio não teve (Alberto Pires) fruto algum pela fatalidade que expomos. Foi Alberto Pires extremosamente amante de sua mulher. Em um dos dias de carnes tolendas, como chamam em Castela, e de entrudo, no Brazil, quando Alberto Pires estava em brinquedos que o inveterado costume destes dias introduziu sem desculpa na maior parte dos reinos da Europa, sucedeu receber Leonor de Camargo Cabral do próprio marido uma limitada pancada na fronte da parte esquerda, e caiu no mesmo instante morta. Esta casualidade não teve testemunhas de vista que acreditassem na inocência do sucesso para ficar o marido livre da suspeita de homicida. Era Alberto Pires por natureza rústico (porque nele não lavrou o buril da discrição de seus pais com a policia em que criaram os filhos, civilizando-os com a doutrina das escolas dos pátios do colégio dos jesuítas de S. Paulo), e com o repente da desgraça acontecida, destituído de prudencial discurso, se encheu de funestas imagens, mais filhas da ignorância que do temor, (se é que no mesmo ínterim se não deixou penetrar de diabólicas sugestões), e concebeu executar uma barbaridade para desmentir uma suspeita, sem o demover de tão maligno intento o acordo de que na execução dele primeiro maculava a própria honra, do que libertava a sua inocência. Para cumprir a funesta idéia que tinha concebido fingiu um convite simulado.
Pág. 125
Mandou chamar Antonio Pedroso de Barros seu cunhado (irmão de Fernão Paes de Barros e de Pedro Vaz de Barros e outros da principal nobreza das famílias de S. Paulo) para que viesse entrudar; e, como é costume juntarem-se os parentes em uma casa, onde são banqueteados, se persuadiu que o convidado não faltava a essa rogativa, ainda quando não era distante o lugar de uma a outra casa. Fez Alberto Pires espera ao cunhado Antonio Pedroso em lugar oculto à entrada da fazenda, e emparelhando com o sítio da cilada lhe fez tiro com um bacamarte que o tinha preparado (com balas) para lhe não errar fogo e para conseguir efectuar tão atroz insulto, e o matou. Conseguida esta bárbara tirania, juntou a este cadaver o de sua mulher Leonor Cabral no mesmo sítio onde executara o infame delito. Mandou logo chamar seus parentes a toda a pressa e aceleração, e acudindo muitos, a estes publicou que em desagravo de sua honra, matara os adúlteros que lhe ofendiam a pureza do tálamo sacramental, cujos corpos estavam no mesmo lugar onde tinham cometido a torpeza.
Sem preceder o mínimo acordo de reflexão se arrebataram os ânimos enfurecidos dos parentes do agressor Alberto Pires que lhe aplaudiram a insolência, como ação briosa, com que lavava a mancha de sua deshonra no próprio sangue daqueles adúlteros. Porém a Divina Providencia quis que a inocência não ficasse manchada, e se veio a descobrir a realidade do acontecido sucesso de Leonor Cabral, brincando com seu marido, e a suggestão, que nele produzira tanto desacordo. Então os irmãos dos mortos em númeroso corpo de armas (cada partido solicitava o despique pela dor que lhe ocupava) procuram também lavar a offensa da sua mágoa no mesmo sangue do autor dela, tirando-se-lhe a vida a ferro frio. A matrona D. Ignez (já viúva), persuadida de seu grande respeito, se capacitou que segurava a vida de Alberto Pires, seu filho, recolhendo-o a sua casa e proteção; e com este conceito ficou a sua casa sendo sacrário, onde se julgava seguro, e bem oculto o insolente réu, a quem os magoados e ofendidos da família dos Camargos e da família dos Pedrosos Barros protestavam beber-lhe o sangue ou pelos fios do ferro ou pelas bocas das espingardas.
Pág. 126
Este vingativo e tumultuoso corpo, tendo certeza de que Alberto Pires se homiziava nas casas da fazenda de sua mãe Ignez Monteiro, no silêncio da noite encaminharam a sua diligência para este sítio, e quebrando os foros do respeito desta matrona, lhe puseram a casa em cerco; e, a vozes pediam que entregasse o filho, ou se lhe arrasava a casa a fogo e sangue; porém, Ignez Monteiro, com briosa resolução e católico acordo, abriu as portas apresentando aos que as ocupavam uma sagrada imagem de Cristo crucificado, por cujas divinas chagas pedia a vozes e com lágrimas que não tirassem a vida a seu desgraçado filho Alberto Pires; que, pois que a justiça tinha devassado das suas culpas, fosse esta quem, governada pelas leis do príncipe soberano, lhe lavrasse a sentença para o castigo. Esta rogativa e eficaz súplica fez sossegar os primeiros impulsos da paixão obstinada, e, atento aquele tumulto a tão relevante ponderação, suspenderam as armas que tinham estado dispostas a serem disparadas contra Alberto Pires. Preso e conduzido a S. Paulo, foi entregue à justiça; preparados os autos do processo obteve sentença que o fez conduzir ao porto de Santos, donde devia embarcar-se para o Rio de Janeiro, com destino à Bahia em cuja relação devia ser punido. Ignez, logo que seu filho descera de S. Paulo para Santos, se pôs em marcha por terra em demanda da Vila de Parati, com destino ao Rio de Janeiro, (onde por parte de seu pai tinha parentes da família de Alvarengas de grande merecimento), com esperança de libertar seu filho a custa de toda a despesa de dinheiro. Com efeito a essa cidade chegou primeiro que o filho porque a sumaca em que se fora ele embarcado no porto de Santos, experimentando no mar contrários ventos, teve arribadas, e por fim tomou o porto da Ilha Grande. Nela souberam os que iam também embarcados, para maior segurança do réu, que sua mãe se achava na cidade; e esta certeza só bastou para os inimigos do infeliz preso Alberto Pires obrarem a bárbara ação de, saindo da Ilha Grande, lhe atarem ao pescoço uma grande pedra e o laçarem vivo ao mar, e para logo fizeram com que a embarcação tomasse o rumo para a vila de Santos o que executou o mestre da sumaca, ou vencido pelo temor ou obrigado pelo dinheiro. Desta catástrofe se originou a destruição da grande casa de Ignez Monteiro, uma das maiores daquele tempo, da qual ainda hoje existem algumas cepas de sua grandiosa vinha que ocupava um campo com quase meia légua em quadro, que anualmente brotam depois que, nos meses de agosto e setembro, costumam lançar fogo aos campos, para do verdor deles terem os gados vacuns e cavalares abundância de pastos".
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Neste ponto de sua narração Pedro Taques observa que ela só tem por documento a memória dos velhos comunicada de pais a filhos, se bem, diz ele, que a prisão de Alberto Pires, sua funesta morte, ida de sua mãe a cidade do Rio de Janeiro e o rompimento das armas para sua prisão não padecem dúvida. Observou mais o mesmo escritor "que a causa de tantos desconcertos não podia ter sido a morte de Antonio Pedroso de Barros (seria outro o indivíduo a quem tirou a vida Alberto Pires quando viu morta sua mulher pela casualidade referida) porque este faleceu em 1651 e Alberto Pires seu cunhado casou-se em 1682."
Nós estamos de acordo com a conseqüência final de Pedro Taques, quando afirmou ter sido outro qualquer o assassinado por Alberto Pires e não seu cunhado Antonio Pedroso de Barros do § 5.º adiante: A essa certeza chegamos não pelo argumento cronológico de Pedro Taques, que errôneo em parte, e sim por uma prova direta, qual é o testamento de Antonio Pedroso de Barros em 1651, em que se vê que não morreu vitima do bacamarte e nem seu cadáver foi reunido ao de Leonor de Camargo, como ficou dito; foi a morte de Antonio Pedroso de Barros produzida por ferimentos que recebeu numa revolta de seus índios administrados, que, ainda pouco, tinha trazido do sertão: pois nem eram ainda batizados. Vide Tit Pedrosos Barros onde melhor se lê este acontecimento.
O argumento cronológico de Pedro Taques é em parte errôneo porque, se é verdade que Antonio Pedroso Faleceu em 1651, entretanto é errônea a data de 1682 para o casamento de Alberto Pires; pois, como se vê no V. 1.º pág. 381, era Leonor de Camargo já falecida em 1677, sem geração, quando foi inventariado seu pai Estevão Gomes Cabral em Jundiaí; portanto, acreditamos mesmo que Alberto Pires se casasse entre os anos de 1630 a 1640, sendo ele o filho mais velho, atentas as datas em que se casaram seus irmãos e irmãs; mas, afirmamos não ter sido Antonio Pedroso a vitima pela prova direta de que faleceu com testamento, e não prostrado no lugar por um tiro de bacamarte.
Pág.128
§ 2.º
1-2 Maria Fernandes Pires casou-se
em 1644 em S. Paulo, com Gaspar Corrêa, natural de Refoyos de Ponte
de Lima, irmão de Sebastião Fernandes Corrêa, 1.º
provedor e contador da fazenda real da capitania de S. Paulo, f.º
de Gaspar Fernandes Corrêa e de Maria Gonçalves. Vide Tit
Alvarengas. Faleceu Gaspar Corrêa em 1686 em S. Paulo. Sem geração.
§ 3.º
1-3 Antonio Pires de Medeiros, f.º do Cap. 9.º, casou-se em 1635 em S. Paulo com Anna Luiz Grou, V. 1.º pág. 6. Teve q. d.:
2-3 Izabel Pires de Medeiros, natural
de S. Paulo, casou em 1701 em Parnaíba com Francisco de Avellar,
de S. Paulo, f.º de Paschoal de Avellar e de Izabel da Silva.
1-4 Izabel Pires de Medeiros foi casada com Domingos Jorge Velho f.º de Simão Jorge e de Francisca Alvares Martins. Faleceu Izabel Pires em 1713 em Parnaíba (Óbitos de Parnaíba). Com geração em Tit Jorges Velhos, Cap. 1.º.
Pág. 129
§ 5.º
1-5 Maria Pires de Medeiros casou-se
em 1639 em S. Paulo com Antonio Pedroso de Barros, f.º do governador
da capitania de S. Paulo, capitão-mor Pedro Vaz de Barros e de Luzia
Leme. Com geração em Tit Pedrosos Barros.
§ 6.º
1-6 Anna Pires casou-se em 1629 em
S. Paulo, com Antonio Bicudo de Mendonça f.º de Vicente Bicudo
e de Anna Luiz. Tit Bicudos.
§ 7.º
1-7 Capitão-mor Bento Pires Ribeiro foi prestimoso cidadão de S. Paulo, que fez várias entradas ao sertão onde conquistou grande número de índios bárbaros que fez batizar e tinha sob sua administração. Faleceu na sua última entrada no sertão em 1669. Foi casado com Sebastiana Leite da Silva, † em 1670 (e não em 1680 como escreveu Taques), f.ª de Pedro Dias Paes Leme e de Maria Leite. Teve (C. O. S. Paulo) 7 f.ºs:
(1) Francisco Pires Ribeiro, como se lê no inventário de sua mãe, em 1673 tinha 17 anos de idade e assinava-se então Francisco Dias da Silva; nesse ano preparava-se para entrar no sertão com seu tio Fernão Dias Paes a descobrimento de prata; efetivamente, entrou com um grande contingente de seus administrados armados, e permaneceu no sertão até 1679, como se vê na prestação de contas de seu tutor Domingos Gomes Pereira; voltou a S. Paulo em 1680 e apareceu requerendo nos autos do inventário de sua mãe com o nome de Francisco Monteiro de Alvarenga, e finalmente casou em 1681 em Parnaíba com o nome de Francisco Pires Ribeiro.
(2) Este ardil é atribuído também a Bartholomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.
Pág. 130
Foi casado em 1681 em Parnaíba com Maria de Arruda, f.ª de Francisco de Arruda e Sá e de Maria de Quadros. Tit Arrudas Cap. 1.º § 2.º. Teve 5 filhos, naturais de Parnaíba, que são:
3-2 Maria Pires, falecida sem geração
3-3 Francisco Pires, falecido solteiro
3-4 João Pires Ribeiro, falecido solteiro
3-5 Ignacia Pires de Arruda, que foi moradora no Sumidouro da cidade de Mariana , casada com o guarda-mor das minas Maximiano de Oliveira Leite, natural de Parnaíba, f.º de Francisco Paes de Oliveira d'Horta e de Marianna Paes Leme. Com geração em Tit Hortas.
Os legítimos são:
3-2 Maria Furquim
3-3 Sebastiana Leite Furquim, falecida em 1761 em Parnaíba com 80 anos de idade, foi casada com o capitão Antonio de Godoy Moreira f.º de João de Godoy Moreira e de Eufemia da Costa. Com geração em Tit Godoys.
3-5 Salvador Pires
3-6 Alberto Pires
3-7 Maria Pires
3-8 Izabel Pires
2-4 Ignez Monteiro da Silva foi casada com José de Campos Bicudo f.º de Felippe de Campos e de Margarida Bicudo. Faleceu em 1701 em Itu. Com geração em Tit Campos Cap. 5.º (1)
2-5 Maria Leite Ribeiro casou-se em 1689 em Itu com João de Siqueira f.º de Paulo de Anhaya e de Messia Nunes de Siqueira, sua 1.ª mulher. (Vide Tit Almeidas Castanhos). Faleceu Maria Leite Ribeiro em 1719 em Itu.
2-6 Salvador Pires, faleceu solteiro.
2-7 José Pires, faleceu solteiro
em 1683, e foram herdeiros os seus irmãos (C. O. de S. Paulo).
1-8 Maria Pires Fernandes casou-se, segundo escreveu Taques, em 1677 em S. Paulo com Francisco Dias Velho, natural de S. Paulo, f.º de Francisco Dias e Custodia Gonçalves, n. p. do leigo jesuíta Pedro Dias e da 2.º mulher Antonia Gomes da Silva, já mencionados no Cap. 7.º deste.
____________________
(1) O inventário de sua mãe diz que casou com João de Sousa.
Pág. 132
§ 9.º
1-9 Salvador Pires de Medeiros, f .º
do Cap. 9.º, casou em 1638 em S. Paulo com Anna de Proença,
f.ª de Francisco de Proença e de Mecia Bicudo. Teve 4 f.ºs
falecidos em tenra idade.
§ 10.º
1-10 Capitão João Pires Monteiro, último f.º do Cap. 9.º (omitido por Pedro Taques) foi casado com Maria Pacheco f.ª de Matheus Pacheco de Lima. Faleceu com testamento na paragem chamada Juqueri, distrito de S. Paulo, em 1667. Teve (C O de S. Paulo) a f.ª única:
João Pires, f.º de Salvador Pires e 2.ª mulher Messia Fernandes (ou Messiaçú). A seu respeito escreveu Pedro Taques o seguinte:
"João Pires foi nobre cidadão de S. Paulo, e teve grande voto nas assembléias do governo político como pessoa de muita autoridade, respeito e veneração. Foi abundante em cabedais com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura com uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610 com o seu sertão para a serra de Juqueri. Teve grande copia de gados vacuns, cavalares e de ovelhas; de sorte que dotando as nove filhas, como veremos abaixo, cada uma levou duzentas cabeças de gado vacum, ovelhas e cavalgaduras. Tinha extraordinária colheita de trigo todos os anos, e igualmente dos mais mantimentos e legumes. Com seu grande respeito e forças sustentou, e teve de encontro o partido também grande da nobre família dos Camargos, quando em 1652, para 1653 se puseram em rompimento de armas estas duas opostas famílias - Pires e Camargos; e João Pires por si só teve maior séquito com os mais de seu apelido e de muitos neutrais que o auxiliaram com poder de gente armada, como foi Garcia Rodrigues Velhos, Fernão Dias Paes e outros paulistas potentados em arcos, que dominavam.
Pág. 133
Estes belicosos movimentos ou tumultuosos partos da ira e da paixão por vezes chegaram a rompimento de batalha (1).
Este João Pires, único com seu amigo Fernão Dias Paes, pôde vencer a odiosa lembrança com que os moradores de S. Paulo repugnavam a instituição dos padres jesuítas, que tinham sido lançados do seu colégio para fora da capitania de S Vicente em junho de 1640, e obtendo eles da paternal clemência do rei D. João IV ordem para serem restituídos em 1647, ainda assim se não deram por seguros e durou a sua expulsão até o ano de 1653, em que o respeito, amor e veneração de João Pires (declarado protetor dos jesuítas) mereceu aos moradores de S. Paulo que recebessem aos padres com afabilidade, lavrando-se termo de transação e amigável composição entre todos, assim se conseguiu em 14 de maio de 1653."
É aqui lugar apropriado para darmos uma noticia resumida dessa luta entre seculares e os padres jesuítas, para o que damos em resumo o que a respeito escreveu Azevedo Marques em seus Apontamentos Históricos, intercalando apreciações nossas.
Em 1553 vieram de S. Vicente aos campos de Piratininga os padres José de Anchieta, Affonso Braz, Vicente Rodriguez, Leonardo Nunes da Companhia de Jesus e outros e aí deram começo ao colégio de S. Paulo que serviu de núcleo à povoação do mesmo nome. Em 1560 passaram para o colégio de S. Paulo os outros padres jesuítas de S Vicente e os da extinta vila de S. André.
Para esta nascente povoação afluíram desde o seu inicio muitos nobres povoadores de S. Vicente com suas famílias; assim, neste Tit. já demos noticia da passagem da família Pires de S. Vicente para S. André e de S. André para S. Paulo, sendo que João Pires (o Gago) foi o 1.º juiz ordinário da vila de S André e dela se passou a S. Paulo com seu f.º o capitão Salvador Pires casado com Maria Rodrigues. A estes seguiram outras famílias nobres na 2.ª parte do século 16.º tais como as dos Camargos, Lemes, Cunhas Gagos, Prados, Antas Moraes, Alvarengas e outras.
____________________
(1) Em Tit. Taques damos notícia do rompimento dos dois partidos em conseqüência da disputa entre Pedro Taques e Fernão de Camargo (o Tigre) no largo da matriz (hoje da Sé) de S. Paulo em 1640, e da morte do 1.º pelo 2.º no mesmo largo em 1641 em que esteve implicado o capitão Pedro Leme do Prado, falecido em 1658 em Jundiaí. Tit. Taques.
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Ao chegarem a S. Paulo suas vistas se voltaram naturalmente para a cultura das terras, como a fonte mais segura de riqueza. Onde os braços para trabalharem nas grandes culturas, proporcionadas a vastidão das terras de que se viam de posse, por sesmarias? Não havia a procurá-los senão na classe dos vencidos, que eram tratados com desprezo pelos novos povoadores. Destes, uns que aceitaram pacificamente o jugo dos portugueses, trabalhavam impelidos pela fome por salário muito minguado; outros que não quiseram sujeitar-se e que tentaram à força de armas sustentar a sua independência, tiveram sorte mais cruel, porque vencidos nos combates, ou aprisionados nas matas onde procuravam refúgio, eram, sob a denominação de administrados reduzidos à escravidão, sendo obrigados a trabalhos muitas vezes a suas forças, sem salários e sujeitos a castigos corporais.
Este procedimento dos primeiros povoadores, para com os naturais do país, além de ser contrário aos princípios da moral cristã, tornava-se um grande obstáculo à obra da catequese confiada ao zelo dos padres jesuítas. Como convencer ao mais selvagem da necessidade do batismo para se sujeitar ao jugo suave de um Deus de misericórdia e de bondade, e das vantagens da vida civilizada, se ele sabia pelas notícias que lhe traziam os foragidos, que conseguiam escapar do poder dos seus senhores, qual a sorte que o esperava? Por esse motivo, os padres se arvoraram em protetores dos índios, aconselhando-os a procederem como era de justiça; e, se estes procuravam de alguma preferência os estabelecimentos de seus protetores para lhes prestarem seus serviços, era porque encontravam neles um amigo e pai cumpridores das máximas desse Deus de bondade que lhes anunciavam; e nem era o interesse mundano que levava os ditos padres a aceitarem o trabalho dos seus catequizados, e sim a necessidade de dar-lhes as lições do trabalho e assim evitar-lhes as funestas conseqüências da ociosidade.
Daí a rivalidade entre os padres e os seculares que teve suas explosões, sendo a 1.ª em 1612 em S. Paulo onde a câmara e o povo representaram ao governo da metrópole contra o predomínio dos jesuítas. Esta petição não produziu efeito por não ser atendida.
Pág. 135
A segunda deu-se em 1640 por ocasião da chegada de Roma do padre Francisco Dias Tanho, superior da missão jesuítica do Paraguai, o qual aportado no Rio de Janeiro aí fez publicar uma bula que trazia do papa Urbano VIII pela qual a direção dos índios ficava exclusivamente entregue à Companhia de Jesus. No Rio de Janeiro, onde a população rompeu em manifestações hostis, graças à intervenção do governador Salvador Corrêa de Sá foi lavrada uma composição amigável entre o povo e os padres em que o colégio do Rio de Janeiro desistia de dar cumprimento a dita bula na cidade de S Sebastião. Chegada a noticia da bula em S. Paulo, Santos, S. Vicente e Parnaíba, antes que tivessem conhecimento da composição realizada no Rio de Janeiro, amotinou-se de tal modo o povo que a 13 de junho de 1640 praticou o excesso de expulsar violentamente os padres jesuítas de seu colégio.
Em seguida os autores desta expulsão se dirigiram em 1641 por uma representação ao rei D. João IV procurando justificar este ato, ao que respondeu o mesmo rei em 1647 concedendo o perdão aos paulistas, depois que fossem novamente admitidos os padres jesuítas nos seus colégios da capitania, ficando estes com o governo espiritual, e as aldeias de índios entregues às justiças seculares.
Como conseqüência teve lugar a composição amigável realizada em 1653 graças à influencia de João Pires Rodrigues, como foi relatado neste Cap. 10.º.
A intervenção de João Pires Rodrigues, potentado tendo grande séquito de administrados, em favor dos padres, prova claramente que não eram todos os paulistas daquele tempo culpados dos maus tratos referidos contra os índios em seu poder, e que a influência dos jesuítas em favor desses infelizes somente a faziam valer contra aqueles que, ou por ignorância ou por maus sentimentos, postergavam os princípios humanitários.
Foi João Pires casado com Messia Rodrigues f.ª de Garcia Rodrigues e de Catharina Dias, esta natural de S. Vicente, f.ª de Domingos Dias, natural de S Miguel de Lourinhã, e de Antonia de Chaves que foram nobres povoadores de S. Vicente em 1531,
Faleceu João Pires em 1657 em S. Paulo e foi sepultado juntamente com sua mulher falecida em 1665 (C O S. Paulo), na capela-mor do colégio dos jesuítas em S. Paulo (1). Teve de seu consórcio 12 f.ºs que são:
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(1) Ao tempo da demolição
do velho templo do colégio de S. Paulo em 1890 ou 1891, os ossos
dos que foram sepultados em passadas eras nessa igreja foram exumados na
presença de uma comissão nomeada pelo governo de acordo com
a autoridade diocesana, da qual fez parte o autor desta obra, e foram entregues
à guarda da autoridade diocesana, que os fez transladar para o santuário
do S. Coração de Maria em S. Paulo. Na igreja desse santuário
está também armado e conservado o altar daquela velha igreja.