Genealogia Paulistana

Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)

Vol II - Pág. 136 a 179


Tit. Pires

(Parte 4)


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1-1 Maria Pires § 1.º

1-2 Messia Rodrigues § 2.º

1-3 Anna Pires § 3.º

1-4 Catharina Rodrigues § 4.º

1-5 Margarida Rodrigues § 5.º

1-6 Messia Pires § 6.º

1-7 Thomazia Rodrigues § 7.º

1-8 Maria Pires Rodrigues § 8.º

1-9 Maria Rodrigues § 9.º

1-10 João Pires Rodrigues § 10.º

1-11 Antonio Pires § 11.º

1-12 Jeronimo Pires § 12.º
 
 

§ 1.º

1-1 Maria Pires, batizada em 1641 em S. Paulo, foi casada com Francisco Nunes de Siqueira, natural de S. Paulo, cognominado o - redentor da pátria- f.º de Manoel de Siqueira e de Mecia Nunes. Este Manoel de Siqueira, segundo escreveu Taques, era f.º de outro de igual nome e de Mecia Bicudo. Tit Siqueiras Mendonças Cap. 4.º; porém cremos que há engano, salvo se foi casado outra vez com dita Mecia Nunes f.ª de Pedro Nunes de Siqueira; porque o inventário do pai em 1614 diz que ele estava casado com Maria da Costa como nós escrevemos em Siqueiras Mendonças Cap. 4.º, já citado. Francisco Nunes de Siqueira foi irmão de Antonio Nunes que foi casado com Maria Maciel, em Tit Macieis; irmão de Catharina de Mendonça, † em 1671, que foi casada com Pedro Gonçalves Varejão (C. O. de S. Paulo). A respeito de Francisco Nunes de Siqueira escreveu Pedro Taques: "Deu-se aos estudos de gramática latina, e aproveitando-se desta língua inclinou-se a lição dos livros forenses e ordenações do reino, em que teve bom aplauso entre os doutos do seu tempo, o que lhe serviu para saber governar a república, e administrar a justiça nas vezes que teve o pesado emprego de juiz ordinário.

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Nas civis guerras entre Pires e Camargos, tendo remetidas as devassas de tantas mortes e insultos que havia tirado o Dr. ouvidor geral da repartição do Sul no ano de 1653 João Velho de Azevedo para a relação da Bahia, foi eleito Francisco Nunes de Siqueira para passar a esta cidade com a comissão de agente e de procurador bastante da família dos Pires, e de tal sorte soube manejar a sua dependência, que ao seu grande zelo, atividade e diligência se deve o alvará que concedeu o Conde de Atouguia D. Jeronimo de Athayde, governador geral do Estado em 24 de Outubro de 1655, a favor das duas opostas famílias de Pires e Camargos; e estes receberam maior beneficio pelo perdão geral em nome da majestade às culpas que lhes resultavam as ditas desavenças, pelas quais estavam compreendidos em pena capital, o que tudo se vê do mesmo alvará. Por esse merecimento lhe tributou a pátria, quando se recolheu a ela (vindo da Bahia no dia 25 de Dezembro do mesmo ano de 1655), uma obsequiosa lembrança, fazendo-o retratar com verdadeira efígie, do mesmo modo com que fez a sua pública entrada, que foi a cavalo, vestido de armas brancas em sela jeronima, com lança ao ombro, bigodes a fernandina porque, saído da Bahia por caminho de serra e sertão chegou em breve tempo à pátria, como se vê da data do alvará em 24 de Novembro, na Bahia; e a sua entrada em S. Paulo foi a 25 de Dezembro, vencendo em 30 dias uma jornada que só podia fazer em 2 ou 3 meses. A esse retrato de Francisco Nunes de Siqueira se via a epígrafe que dizia -Redentor da Pátria".

Faleceu Francisco Nunes em 1681 deixando 3 f.ºs que são:

2-1 Simão Nunes de Siqueira que casou com Juliana de Oliveira f.ª de Tristão de Oliveira Lobo e de Maria Pedroso. Tit Oliveiras Cap. 5.º § 1.º. Faleceu Simão Nunes em 1702 em Parnaíba (C. O. S. Paulo) e teve os seguintes f.ºs: 3-1 Domingos de Oliveira, falecido solteiro

3-2 João de Lara, falecido solteiro

3-3 Matheus Nunes

3-4 Maria Pires

3-5 Anna Ribeiro

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3-6 Josepha de Oliveira

3-7 Catharina Nunes casada em 1713 com Mathias Lopes, viúvo de Maria Morato esta f.ª natural de João Pires de Oliveira. Tit Oliveiras Cap. 5.º § 1.º.

3-8 Anna Maria de Siqueira

3-9 Izabel de Lara, falecida em 1734 em Guaratinguetá, casada com Pedro Rodrigues de Siqueira.

2-2 Maria Nunes de Siqueira foi casada com Paulo da Costa Pimentel, falecido em 1680, f.º de Fructuoso da Costa e de Sebastiana Pimentel, n. p. de Paulo da Costa e de Paschoa do Amaral, n. m. de Manoel Alvares Pimentel e de Feliciana Parente. Tit Dias Teve: 3-1 Sebastiana Pires Pimentel que se casou com Gaspar Martins de Barcellos f.º de Francisco Martins de Barcellos † em 1670, (C. O. S. Paulo) e de Maria Freire. Faleceu Gaspar Martins em 1719 em S. Paulo (C. O. S. Paulo). Teve: 4-1 Maria Martins de Barcellos casada com Paulo da Silva Leme

4-2 Izabel da Costa Pimentel casada com Manoel Vaz Barbosa, f.º de Felippe Martins Ordonho e de Maria Ribeiro Barbosa Cavalheiros. Tit Macieis, com geração.

4-3 Escholastica Martins de Barcellos, natural de Guaratinguetá, foi casada com Felix de Macedo Cruz, natural de Pindamonhangaba, f.º de Felix de Macedo e de Maria Nunes Velloso. Teve q. d.:

5-1 Antonio Martins casado em 1755 em Atibaia com Maria Francisca f.ª de Antonio Leitão e de Francisca Gomes. 4-4 Anna Maria Martins casada em 1719 na Conceição dos Guarulhos com João de Sousa e Moraes.

4-5 Paulo Martins de Barcellos casou-se em 1721 em Santo Amaro com Rosa Maciel f.ª de Balthazar Martins Guttiuerres e de Maria Maciel Barbosa. Tit Macieis Cap. 4.º § 2.º, 2-5, 3-1. Teve pelo inventário 10 f.ºs:

5-1 Ignacio Martins de Barcellos
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5-2 Eugenio Martins de Barcellos casou 1.º em 1747 em Cotia com Felippa de Oliveira Paes f.ª de Salvador de Oliveira Pires e de Josepha Paes; 2.ª vez em 1759 na mesma freguesia com Rita Maria Machado f.ª de Pedro Machado da Silva, de Parnaíba, † em Sorocaba, e de Anna Rodrigues de Mattos. Faleceu em 1780 e teve de Rita Machado os seguintes f.ºs (C. O. S. Paulo): 6-1 Luiza Maria casada em 1792 na Cotia com Miguel Vieira Antunes f.º de Izidoro Vieira Gonçalves e de Rosa Francisca de Oliveira, n. m. de José Francisco de Oliveira e de Josepha Rodrigues Carassa. Tit Macieis. Com geração.

6-2 Anna Thereza casada em 1783 na Cotia com o tenente Antonio Manoel Rodrigues Borba f.º de Balthazar Rodrigues Borba e de Escholastica Vieira da Silva. Tit Moraes.

6-3 Pedro

6-4 Rosa

6-5 Francisco

6-6 Bernardo

6-7 Maria Francisca casada em 1808 em Sorocaba com seu primo Raphael Antonio Machado f.º de João da Silva Machado e de Maria das Neves.

6-8 outra Maria

5-3 Gaspar Martins de Barcellos casado com Angela Rodrigues Pacheco (C. O. S. Paulo). Teve: 6-1 Anna casada em 1770 em S. Paulo com Gonçalo José Ribeiro f.º de Bernardo Ribeiro de Figueiredo e de Anna Pedroso Nogueira.

6-2 Gertrudes casada em 1770 em S. Paulo com Domingos Nunes Alves, f.º de João Nunes de Macedo e de Sebastiana Alvares Ribeiro.

6-3 Ignacio Martins de Barcellos casado em 1781 em S. Paulo com Anna de Araujo f.ª de Antonio de Araujo e de Rita Gonçalves.

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6-4 Antonio Rodrigues Barbosa.

6-5 Rosa Maria casada com Manoel Machado Cunha.

6-6 Francisca Rodrigues casada com Miguel Rodrigues de Siqueira.

6-7 Joaquim Martins.

6-8 Maria casada com ...

5-4 Manoel Martins de Barcellos casado em 1753 em S. Paulo com Joanna Maria f.ª de Pedro Ribeiro e de Maria Rodrigues. Teve q. d.: 6-1 Maria da Conceição casada em 1711 em S. Paulo com Mathias Antonio da Costa f.º do capitão Martinho Teixeira Botelho e de Joanna da Costa Freire.

6-2 Gertrudes Theresa do Espirito Santo casada em 1781 em S. Paulo com André Gonçalves Só, de Portugal, f.º de Francisco Gonçalves e de Agueda Alvares.

6-3 José Joaquim Barbosa casado em 1789 em Santo Amaro com Anna Maria f.ª de Antonio Ribeiro da Silva. Tit. Furtados.

5-5 Maria Martins Maciel casada em 1745 na Conceição dos Guarulhos com João de Siqueira Garcez, viúvo de Lourença Sobrinha, f.º de Christovão Mendes Moreira e de Anna de Siqueira Garcez. Teve: 6-1 Francisco Xavier de Siqueira casado em 1768 em Mogi das Cruzes com Anna Maria Barbosa f.ª de Miguel Pereira da Silva e de Antonia Ribeiro.

6-2 José Barbosa de Siqueira casado em 1770 na mesma vila com Domingas Pereira Ribeiro, irmã de Anna Maria do n.º precedente.

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5-6 Marcellino Martins de Barcellos casado em 1754 em Atibaia com Francisca Gomes Cardoso.

5-7 Rita Pires Pimentel casada em 1756 (C. Ec. de S. Paulo) com João dos Santos f.º de João Nunes de Macedo e de Sebastiana Alvares Ribeiro, de Pindamonhangaba.

5-8 Leonor Barbosa.

5-9 Sebastiana Pires Pimentel casada com José Antunes da Silva em 1765 na Conceição dos Guarulhos.

5-10 Florinda Pires casada em 1764 em Atibaia com Manoel Felix Martins.

4-6 Catharina Martins, f.ª de Sebastiana Pires Pimentel n.º 3-1.

4-7 Marianna Martins.

3-2 João, f.º de Paulo da Costa e de Maria Nunes n.º 2-2.

3-3 Maria Pires Pimentel tirou dispensa de impedimento de parentesco por afinidade para casar-se em 1706 com Manoel da Costa, viúvo de Isabel Rodrigues, esta f.ª de Miguel Rodrigues irmão de Messia Rodrigues, e de ... n. p. de Miguel Rodrigues Velho e de Catharina de Mendonça Varejão, esta f.ª de outra Catharina Mendonça que era irmã de Francisco Nunes de Siqueira § 1.º retro. (C. Ec. de S. Paulo).

3-4 Miguel

3-5 Francisca

3-6 José

2-3 Anna Maria de Siqueira, f.ª 3.ª e última do § 1.º, foi casada com Luiz da Costa Rodrigues, irmão de Braz da Costa. V. 1.º pág. 59, aí a geração.
 
 
§ 2.º

1-2 Messia Rodrigues, falecida em 1678 em S. Paulo, foi casada a 1.ª vez em 1641 nessa vila com Antonio das Neves, † em 1659 com testamento, natural de Itanhaém, f.º de Diogo Gonçalves e de Anna Lopes, em Tit. Garcias Velhos; segunda vez casou-se com Diogo Fragoso Souto Mayor. Teve somente do 1.º marido os seguintes f.ºs:

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2-1 João das Neves Pires em 1671 estava casado com Catharina Rodrigues que faleceu em 1674 f.ª de Antonio Paes e de Anna da Cunha. Tit. Tenorios. Teve (C. O. S. Paulo) um casal de filhos: 3-1 Maria

3-2 Antonio Paes das Neves, natural de Santo Amaro, que foi casado com Joanna do Prado, natural de Juqueri, f.ª do coronel Antonio da Rocha Pimentel, falecido nas Minas pelos anos de 1705, e de Catharina do Prado, n. p. de Pedro da Rocha Pimentel e de Leonor Domingues de Camargo, n. m. do capitão Lourenço Franco Viegas e de Isabel da Costa Santa Maria. V. 1.º pág. 516. Faleceu Antonio Paes das Neves em 1736 e teve pelo inventário 9 f.ºs que são:

4-1 João Paes das Neves que se casou em 1749 em Atibaia com Anna Leme do Prado, natural de Jundiaí, f.ª de Custodio Malio, de Santos, e de Francisca Pinto de Siqueira. Lemes Cap. 1.º. Teve q. d.: 5-1 Ignacio de Siqueira casado em 1786 em Atibaia com Anna Rodrigues f.ª de Pedro Rodrigues Bueno e de Escholastica Ortiz, n. p. de Antonio Rodrigues Fróes, e de Catharina Bueno, n. m. de João Garcia de Louvera e de Maria Pires de Camargo. Tit. Garcias Velhos, com geração.

5-2 Antonio Paes das Neves casado em 1791 em Atibaia com Maria Franco da Cunha f.ª de Pedro Bueno de Camargo e de Marianna Bueno, n. p. de Joaquim de Camargo Pimentel e de Maria Franco, à pág. 346 do V. 1.º, n. m. de João Pereira de Camargo e de Isabel Bueno. Teve q. d.:

6-1 Joanna Franco casada em 1815 em Atibaia com Pedro de Siqueira Lima f.º de Ignacio Pedroso de Moraes e de Maria de Araujo Chaves.

6-2 Gertrudes, batizada em 1792 em Atibaia.

6-3 Antonio, batizado em 1795 em Atibaia.

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6-4 José, batizado em 1798 em Atibaia.

6-5 Manoel, batizado em 1800 em Atibaia.

6-6 Ignacio, batizado em 1804 em Atibaia.

6-7 Anna, batizada em 1807 em Atibaia.

5-3 Sargento-mor Jeronimo da Rocha Bueno, falecido em 1818 em Bragança, foi 1.º casado com Marianna de Siqueira f.ª de Francisco Jorge de Siqueira e de Francisca Leme de Brito; segunda vez casou-se com Anna Franco de Godoy. Sem geração desta; porém, teve da 1.ª pelo inventário em Bragança: 6-1 Luciano José Leme casado em 1795 em Atibaia com Messia da Silveira Franco f.ª do capitão Crispim da Silva Franco e 1.ª mulher Isabel Ortiz de Camargo. Com 10 f.ºs em Tit. Lemes Cap. 1.º § 9.º.

6-2 José Joaquim Bueno Paes casou 1.º em 1797 em Atibaia com Maria Franco Cardoso f.ª de Antonio Alves do Amaral e de Anna Franco, V. 1.º pág. 467; 2.ª vez casou em 1827 na mesma vila com Anna Joaquina de Godoy f.ª de Ignacio Joaquim de Alvarenga e de Rosa Maria de Godoy. V. 1.º pág. 367. Teve:

Da 1.ª mulher:

7-1 Anna do Amaral que foi casada com o alferes José Pereira Lisboa, e teve 5 f.ºs: 8-1 Anna, solteira.

8-2 Francisco casado em Jundiaí.

8-3 Josephina casada no Paraná com o dr. Miguel Corrêa.

8-4 Maria, solteira.

8-5 José Pereira Bueno casado na Lapa, Paraná, onde tem geração.

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7-2 José Joaquim do Amaral Bueno que casou em 1834 em Atibaia com Anna Jacintha, † em 1884 nessa cidade, f.ª de José Alves do Amaral e de Maria do Espirito Santo, V. 1.º pág. 471. Teve os 10 f.ºs seguintes:

8-1 Maria casada com Lourenço Franco da Silveira f.º de Joaquim Pires de Camargo e de Rita Maria da Silveira, esta f.ª do alferes Lourenço Franco da Rocha e de Rita de Cassia Cintra (irmã do alferes Jacintho). Com geração no V. 1.º pág. 402.

8-2 Delphina foi casada com Antonio Joaquim Bueno, já †, f.º de Joaquim Bueno Paes. Sem geração.

8-3 Anna foi casada com José Soares de Lima Sobrinho, já †, f.º de Bento José Soares e de Anna Thomazia do Nascimento. Titulo Pretos. Com geração.

8-4 Maria Idalina 2.ª mulher de José Soares de Lima Sobrinho supra, sem geração.

8-5 Gertrudes 1.º casada com Rodrigo Soares do Amaral f.º de Bento José Soares e de Anna Thomazia supra; 2.ª vez está casada com Pedro Alexandrino Leite f.º de Jacintho Leite. (Com geração)

8-6 Maria Justina, solteira.

8-7 Maria Salomé casada com José Pessanha Franco f.º de Joaquim Pessanha Falcão e de Delphina Franco, neste à pág. 109.

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8-8 João Baptista do Amaral Bueno casado com Maria da Gloria Cintra, falecida em 1896, f.ª de João Marinho Fagundes e Silva e de Messia Izabel da Silveira Cintra. (Com geração)

8-9 Bento José do Amaral casado com Anna Rodrigues f.ª de Antonio Rodrigues dos Santos e de ... Sem geração.

8-10 Escholastica Franco do Amaral casada 1.º com Jacintho Alves do Amaral Junior f.º de Joaquim Alves do Amaral e de Maria Fortunata, V. 1.º pág. 476; segunda vez está casada com seu primo Francisco Bueno da Rocha f.º de Francisco Bueno de Godoy.

Da 2.ª mulher teve o n.º 6-2 q. d.:
7-3 Francisco Bueno de Godoy que casou com ... e teve q. d.: 8-1 Francisco Bueno da Rocha que casou com sua prima Escholastica Franco n.º 8-10 de 7-2 retro. Sem geração. 6-3 Francisco Rodrigues Leme casou-se em 1802 em Atibaia com Izabel da Silveira Cardoso f.ª de Antonio Alvares do Amaral e de Anna Franco, V. 1.º pág. 468. Teve q. d.: 7-1 Jacintho

7-2 Bernardino

7-3 Maria Izabel Cardoso casada em 1824 em Atibaia com Manoel da Silva Bueno f.º de Lourenço da Silva Bueno e de Maria Antonia.

6-4 Manoel Rodrigues Leme Manço casou-se com Josepha Maria dos Santos, de Jundiaí. Teve q. d.:
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7-1 Francisco Antonio Leme casado em 1827 em Atibaia com ... 6-5 Custodio ... casou-se com ... 4-2 Antonio Paes das Neves casou-se em 1764 em Atibaia com Januaria de Siqueira f.ª de Custodio Malio e de Francisca Pinto de Siqueira n. p. de Francisco de Souza e de Victoria Pinto, de Santos, (da família nobre dos Ruy e Francisco Pinto), n. m. de Lucas Fernandes de Mattos, natural de Portugal, e de Maria do Prado. Tit. Lemes Cap. 1.º § 4.º.

4-3 Ignacio Paes do Prado casou-se em 1750 em Atibaia com Catharina de Moraes da Cunha f.ª de João (de Pontes) da Cunha e de Maria Ribeiro da Silva. Teve q. d.:

5-1 Antonio Paes das Neves casado em 1781 em Atibaia com Clemencia Bueno f.ª de Manoel da Costa Vieira e de Joanna Bueno de Camargo. Vol. 1.º pág. 329. Teve q. d.: 6-1 José batizado em 1782 em Atibaia.

6-2 João batizado em 1784 em Atibaia.

6-3 Maria batizada em 1785 em Atibaia.

6-4 Joaquim batizado em 1788 em Atibaia.

6-5 Leonor da Rocha casada em 1815 em Atibaia com João de Godoy Moreira f.º de Francisco de Godoy e de Andreza Maria. Teve q. d.:

7-1 Maria da Rocha Bueno casada em 1844 em Atibaia com Lino José de Moraes f.º de Manoel Joaquim de Oliveira e de Francisca Cardoso de Almeida.

7-2 Manoel de Godoy Moreira casado em 1846 em Atibaia com Cecilia Cyriaca f.ª de Francisco Pires da Silva e de Anna Guedes.

6-6 Manoel batizado em 1792 em Atibaia.
5-2 Bento, batizado em 1764 em Atibaia.

5-3 Anna, batizada em 1766 em Atibaia.

4-4 Pedro Paes das Neves (cremos) foi casado com Joanna Bueno de Camargo f.ª de Bartholomeu Bueno de Azevedo e 2.ª mulher Anna Maria Ortiz de Camargo. Vol. 1.º pág. 405.
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4-5 Valentim Pires da Rocha casou-se com Agueda Bicudo do Prado f.ª de Sebastião Preto de Oliveira e de Catharina do Prado. Teve q. d.: 5-1 Francisco de Oliveira casado com Anna Pires f.ª de João Pires e de Iphigenia Rodrigues. Com geração. 4-6 Francisco Paes

4-7 Rita Paes do Prado casada em 1762 em Atibaia com Gaspar Lopes de Moraes f.º de Domingos Lopes de Medeiros e de Luzia Pedrozo de Moraes.

4-8 Lourenço Franco

4-9 Maria de Lima, última f.ª de 3-2.

2-2 Manoel das Neves Pires, f.º do § 2.º, casou-se com Anna Gil de Camargo, f.ª de Manoel das Neves Gil e de Maria de Carmargo. Vol. 1.º pág. 316. Teve pelo inventário 3 f.ºs: 3-1 Bento das Neves Pires, falecido solteiro em 1743

3-2 Anna das Neves Gil casada com Manoel Machado de Oliveira Fagundes, f.º de Agostinho Machado Fagundes , † em 1718, e de Genebra Leitão de Vasconcellos, esta f.ª de Domingos de Oliveira Leitão e de Anna da Cunha. Teve geração em Tit. Oliveiras.

3-3 Manoel das Neves Pires casou-se em 1728 com sua prima em 3.º grau Feliciana Franco f.ª de João de Camargo Pimentel e de Maria Franco da Cunha. V. 1.º pág. 323.

2-3 José das Neves Pires, f.º do § 2.º, casou-se com Maria Gil de Camargo f.ª de Manoel das Neves Gil e de Maria de Camargo do n.º 2-2. Teve: 3-1 Josepha das Neves casada em 1712 (C. Ec. de S. Paulo) com Marcellino Lopes de Camargo f.º de João Lopes de Lima e de Gabriella Ortiz de Camargo. Tit. Prados onde vem a geração.

3-2 Antonio Gil das Neves, falecido em 1754, casado com Messia Rodrigues f.ª de ... Teve pelo inventário (C. O. S. Paulo) 3 f.ºs:

4-1 Pedro

4-2 Theotonio

4-3 Lino

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2-4 Diogo das Neves Pires, f.º do § 2.º, † em 1728 em Atibaia, foi casado com Anna da Silva Leite de Miranda f.ª de João Leite de Miranda, † em 1715 em Parnaíba, e de Anna da Silva. Tit. Prados. Teve: 3-1 Anna

3-2 Diogo das Neves Pires (que Pedro Taques por engano descreveu como solteiro) foi 1.º casado com Anna Maria Garcia f.ª de Jorge Velho e de Beatriz de Borba (Tit. Garcias Velhos); 2.ª vez casou com Victoria de Camargo Telles f.ª de João Ortiz de Camargo e de Maria de Estradas. Vol. 1.º pág. 304. Faleceu em 1768 em Atibaia, e teve (C. O. S. Paulo).

Da 1.ª mulher 6 f.ºs:

4-1 Anna das Neves Garcia

4-2 Maria das Neves Garcia

4-3 Thereza Pires

4-4 João das Neves Garcia

4-5 Maria das Neves

4-6 Francisco Pires Garcia

Da 2.ª: 4-7 Manoel das Neves Pires

4-8 Bento das Neves Pires

4-9 Miguel de Camargo Neves

4-10 Rosa

4-11 José Ortiz de Camargo

4-1 Anna das Neves Garcia casou 1.º em 1751 em Atibaia com Jeronimo Soares Moniz, natural de Itu, viúvo de Maria de Araujo, f.º de Jeronimo Soares e de Izabel Ribeiro. Foi Jeronimo Soares Moniz irmão de José Soares Moniz casado em 1707 em Itu com Anna Viegas, os quais são progenitores dos Viegas Xortes, de Porto Feliz e outros lugares; 2.ª vez casou Anna das Neves em 1762 em Atibaia com Francisco Alves Xavier f.º de Antono Pio Ferreira e de Maria Pedroso (de Taubaté) (Tit. Alvarengas 2.ª parte). Faleceu Jeronimo Soares Moniz em 1761 em Atibaia com 70 anos de idade e sua mulher em 1781 na mesma vila com 60 anos. Teve Anna das Neves: Do 1.º marido Jeronimo Soares os seguintes f.ºs: 5-1 Maria Pires Garcia casada em 1775 em Atibaia com João Pimentel de Camargo f.º de Joaquim de Camargo Pimentel e de Maria Franco da Cunha. Com geração no Vol. 1.º pág. 348.
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5-2 Alferes Antonio Soares Moniz casado 1.º em 1776 em Atibaia com Messia Ferreira de Camargo f.ª de João de Lima de Camargo e de Maria Pinheiro, V. 1.º à pág. 323; 2.ª vez em 1786 em Atibaia com Escholastica de Godoy Lima; viúva de Manoel Simões Salgado, f.ª de Pedro de Lima de Camargo. Tit. Prados. Teve q. d. da 1.ª mulher: 6-1 Maria Luiza Pimentel casada em 1797 em Atibaia com José Franco Penteado f.º de Antonio Franco de Camargo e de Rosa Maria Leite. Vol. 1.º pág. 343.

6-2 Anna Joaquina das Neves casada em 1800 em Atibaia com Manoel Joaquim de Godoy Moreira f.º do tenente José de Godoy Moreira e 2.ª mulher Anna Soares de Siqueira. Tit. Godoys Cap. 1.º § 8.º. Com geração.

Da 2.ª mulher: 6-3 Josepha Soares casada em 1814 em Atibaia com Joaquim Franco Penteado f.º de Antonio Franco de Camargo e de Rosa Maria Leite. V. 1.º à pág. 341.

6-4 Esmeria de Godoy Lima casada em 1809 em Atibaia com Francisco Pires Pimentel f.º de Vicente Pires Pimentel e de Maria Gertrudes Franco. Tit. Macieis Cap. 4.º § 2.º, 2-5, 3-3.

5-3 Francisco Soares das Neves casou 1.º em 1774 em Atibaia com Escholastica Ferreira Pimentel f.ª de João de Lima de Camargo e de Maria Pinheiro do n.º 5-2 retro; 2.ª vez em 1815 na mesma vila com Maria Rosa f.ª de Ignacio Alvares do Amaral e de Maria Franco da Cunha. V. 1.º pág. 466. Sem geração desta; porém, teve da 1.ª mulher, inventariada em 1814 em Atibaia, os 4 f.ºs: 6-1 João Baptista Pimentel casado 1.º em 1798 em Atibaia com Esmeria de Siqueira Soares f.ª do tenente José de Godoy Moreira e da 2.ª mulher Anna Soares de Siqueira, em Tit. Godoys; 2.ª vez em 1826 com Anna Joaquina de Godoy, V. 1.º pág. 367. Sem geração.

6-2 Esmeria Francisca casada 1.º em 1797 em Atibaia com Salvador de Godoy Franco f.º de Miguel Ribeiro Cardoso e de Maria Franco. Tit. Lemes Cap. 1.º § 9.º neste V. 2.º; 2.ª vez em 1802 em Atibaia com Miguel Leite de Godoy f.º de João Ortiz de Camargo e de Ursula Bueno. V. 1.º pág. 302. Com geração dos 2 maridos.

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6-3 Gertrudes Maria das Neves casada em 1797 em Atibaia com Estevão Soares da Rocha, † em 1811, f.º do tenente José de Godoy Moreira. Tit. Godoys. Com um f.º: Antonio.

6-4 Escholastica Maria Pimentel casou em 1809 em Atibaia com João da Silva Bueno f.º de Manoel da Silva Pinto e de Luzia Bueno. Com geração em Garcias Velhos.

4-2 Maria das Neves Garcia, † em 1763 com testamento (C. P. S. Paulo) casou em 1763 em Atibaia com Salvador Ribeiro Cardoso, viúvo de Ursula da Rocha, f.º de José Nogueira Cardoso e de Anna Ribeiro, V. 1.º pág. 105. Sem geração.

4-3 Theresa Pires foi casada em 1753 em Atibaia com João Pedroso de Araujo f.º de Jeronimo Soares Moniz e 1.ª mulher Maria de Araujo. Tit. Almeidas Castanhos. Teve q. d.:

5-1 Maria de Araujo casada em 1772 em Atibaia com Ignacio Pedroso de Alvarenga f.º de Antonio Pedroso de Alvarenga e de Anna de Lima do Prado. Com geração em Tit. Prados Cap. 4.º § 1.º, 2-2, 3-1, 4-1, 5-6. 4-4 João das Neves Garcia casou em 1751 em Atibaia com Joanna Cordeiro do Amaral f.ª de Raphael Cordeiro do Amaral e de Escholastica Ortiz de Camargo. V. 1.º pág. 300. Foi inventariado em 1780 em Atibaia e teve (C. O. Atibaia) 4 f.ºs: 5-1 Joanna Ortiz de Camargo casada em 1771 em Atibaia com Antonio de Almeida de Oliveira f.º de Felix de Almeida de Oliveira e de Quiteria Bueno de Camargo. V. 1.º pág. 326. Com geração.

5-2 Bento Ortiz do Amaral casou em 1791 na freguesia das Campinas com Thereza Francisca f.ª de Francisco Pinto do Rego e de Maria Dias Cardoso. Tit. Raposos Góes.

5-3 José Garcia Rodrigues casado em 1787 na freguesia de Jaguari com Joanna Maria f.ª de José de Camargo Lima e de Josepha dos Santos. Com geração no V. 1.º pág. 57.

Pág. 151
5-4 Ignacia 4-5 Maria das Neves Garcia em 1760 estava já casada com Ignacio Soares de Araujo f.º de Jeronimo Soares Moniz e da 1.ª mulher Maria de Araujo. Tit. Almeidas Castanhos. Teve q. d.: 5-1 Jeronimo Soares Moniz, † em 1776 em Atibaia, aí casou em 1773 com Antonia Bueno f.ª de João Pereira de Camargo e de Izabel Bueno de Moraes. V. 1.º pág. 371. Teve a f.ª única: 6-1 Custodia Maria casada em 1791 em Atibaia com Manoel Bueno de Camargo f.º de Francisco Bueno de Camargo e de Maria da Cunha Pontes. Tit. Prados Cap. 1.º § 3.º, 2-1, 3-2, 4-1, 5-3. 5-2 José Soares de Araujo casado em 1775 na freguesia de Jacareí com Izabel Munhoz de Pontes f.ª de José Munhoz de Pontes e de Simôa Pires Ribeiro, n. p. de Fernando Munhoz Paes e de Izabel de Pontes. Tit. Prados Cap. 5.º § 1.º, 2-8, 3-2, 4-2.

5-3 Anna Maria Garcia casou em 1760 em Atibaia com Francisco de Camargo Pimentel, viúvo de Anna Cordeiro do Amaral, f.º de Pedro de Camargo Pimentel e de Leonor da Rocha. Com geração no V. 1.º pág. 332.

5-4 Theresa Garcia casada em 1773 em Atibaia com Joaquim Bueno de Camargo, † em 1793, f.º de Joaquim de Camargo Pimentel e de Maria Franco da Cunha. Com geração no V. 1.º pág. 347.

4-6 Francisco Pires Garcia foi casado com Mecia Bueno de Camargo f.ª de Pedro de Camargo Pimentel e de Leonor da Rocha. V. 1.º pág. 329. Teve: 5-1 Ignacio Bueno de Camargo casou em 1775 em Atibaia com Maria Corrêa de Oliveira f.ª de Diogo Gonçalves e de Blanca Corrêa. Tit. Garcias Velhos. Faleceu Ignacio Bueno em 1812 na vila de S. Carlos, e teve (C. O. Campinas) os 11 f.ºs: 6-1 José Gonçalves de Oliveira que casou 1.º em 1808 na vila de S. Carlos com Anna Joaquina de Moraes f.ª de Manoel Antonio Machado e Gertrudes de Moraes Pedroso; 2.ª vez em 1814 na mesma vila com Gertrudes Maria de Campos f.ª do tenente Antonio Furquim de Campos e de Maria Josepha Barbosa.
Pág. 152
6-2 Joaquim estava ausente em Viamão em 1812.

6-3 Francisco Bueno de Camargo casou em 1803 na vila de S. Carlos com Anna Emerenciana viúva de Antonio Soares de Camargo, f.ª de João de Sousa Campos e de Ursula da Silva Guedes. V. 1.º pág. 165. Teve q. d.:

7-1 Francisca de Campos casou em 1821 na vila supra com Joaquim Antonio de Miranda f.º do tenente Pedro Antonio de Oliveira e de Anna Joaquina de Sousa.

7-2 Maria das Dores casou em 1827 na mesma vila com Manoel da Silva Pinto, de Atibaia, f.º de Joaquim José Pinto e de Marianna Paes de Queiroz.

7-3 José de Sousa Campos

7-4 Joaquim de Camargo

7-5 Gertrudes casada com José Antonio de Abreu.

6-4 Manoel era soldado pago em S. Paulo em 1812

6-5 Anna Joaquina de Oliveira casou em 1807 na vila de S. Carlos com Ignacio Antonio de Oliveira f.º do tenente Pedro Antonio de Oliveira e de Anna Joaquina de Sousa. Tit. Alvarengas Cap. 3.º § 7.º.

6-6 Felisberto José de Camargo casado em 1814 na mesma vila com Maria Gertrudes de Camargo f.ª de Joaquim José de Camargo e de Joanna Francisca Leite. V. 1.º pág. 349.

6-7 Maria Joaquina de Camargo casou em 1814 na mesma vila com José Joaquim de Camargo f.º de Joaquim José de Camargo do n.º precedente.

6-8 João Barbosa de Camargo casado em 1823 na mesma vila com Anna Francisca de Campos f.ª do tenente Antonio Furquim de Campos e de Maria Josepha Barbosa. Tit. Furquins.

6-9 Ignacio ausente.

6-10 Pedro

6-11 Joaquim com 9 anos em 1812.

5-2 João de Camargo Pimentel, batizado em 1757 em Atibaia, aí casou em 1781 com Maria Custodia de Oliveira f.ª de Diogo Gonçalves Cesar e de Blanca Corrêa. Tit. Garcias Velhos. Faleceu Maria Custodia em 1827 na vila de S. Carlos no estado de viúva e teve (C. O. Campinas) 9 f.ºs:
Pág. 153
6-1 Gertrudes Maria casada em 1798 na vila de S. Carlos com Antonio Cardoso de Gusmão f.º de Luiz Cardoso de Gusmão e de Quiteria de Jesus; eram moradores na vila da Constituição em 1827. Com geração em Cunhas Gagos.

6-2 Maria Justa Maciel casou em 1808 na vila de S. Carlos com José Elias de Godoy f.º de José Ribeiro de Siqueira e de Maria Francisca do Rosario; José Elias em 1827 estava ausente em lugar incerto, sendo praça de 1.ª linha nas campanhas do Sul.

6-3 Leonor Bueno de Camargo casou em 1812 na vila supra com Manoel Joaquim de Godoy, viúvo de Christina Maria Bueno, f.º de Jorge Ferreira de Camargo, V. 1.º pág. 367. Estava ausente em lugar incerto.

6-4 João Maciel Barbosa casado com ...

6-5 Anna Maria em 1827 era viúva de Antonio José de Camargo.

6-6 Marianna Bueno de Camargo era viúva de Francisco Antonio de Camargo (com quem casou em 1809 em S. Carlos) f.º de João Pimentel de Camargo e de Josepha de Godoy Lima sua 2.ª mulher, V. 1.º pág. 350, aí a geração.

6-7 José de Camargo Bueno.

6-8 Vicente

6-9 Francisco com 22 anos em 1827.

5-3 Pedro Bueno de Camargo, batizado em 1769 em Atibaia, casou em 1787 na freguesia das Campinas com Francisca Barbosa da Silva, de Jundiaí, f.ª de Luiz Cardoso de Gusmão e de Quiteria de Jesus. Tit. Cunhas Gagos. Faleceu Pedro Bueno com testamento em 1839 na vila de S. Carlos e teve (C. O. Campinas): 6-1 Gertrudes Bueno de Camargo casada em 1805 na vila supra com Francisco Bueno de Godoy f.º de Bartholomeu Bueno e Bernarda da Silva. Foram moradores em Limeira em 1839, sendo Gertrudes Bueno já † nesse ano, e teve 3 f.ºs: 7-1 Antonia

Pág. 154

7-2 Maria

7-3 Pedro

6-2 Maria Bueno era também moradora em Limeira, em 1839.

6-3 Joaquim Bueno de Camargo casado em 1814 em S. Carlos com sua prima Maria Barbosa f.ª de Joaquim de Camargo Neves n.º 5-4 e de Gertrudes Barbosa de Jesus; eram moradores em S. Carlos em 1839.

6-4 Anna Bueno casada com Vicente Alves.

6-5 Maria Bueno, já falecida em 1839, foi casada com João Jacintho de Brito. Teve f.ª única:

7-1 Luiza. 6-6 José Bueno de Camargo com 33 anos, solteiro.

6-7 Custodia Bueno casada com Antonio Luiz de Camargo, ausente havia 8 anos.

6-8 Antonio Bueno de Camargo, morador na Limeira.

5-4 Joaquim de Camargo Neves, batizado em 1767 em Atibaia, casou-se em 1789 na freguesia das Campinas com Gertrudes Barbosa f.ª de Luiz Cardoso de Gusmão e de Quiteria de Jesus, n. p. de Domingos Vaz Guedes e de Marianna Barbosa, n. m. de João Lourenço, de Portugal, e de Maria da Conceição, de Jacareí. Teve q. d.: 6-1 Maria Barbosa casada em 1814 em S. Carlos com seu primo Joaquim Bueno de Camargo f.º de 5-3 supra.

6-2 Anna Bueno casada em 1817 em S. Carlos com Bernardo de Siqueira Lima, viúvo de Anna Maria da Cruz, f.º de Antonio de Siqueira Lima e 1.ª mulher Maria Franco de Oliveira. Tit. Prados. Sem geração.

6-3 Francisca Bueno de Camargo casou em 1818 com Bernardo de Siqueira Lima supra, viúvo de 6-2.

6-4 Anna Barbosa casada em 1826 em S. Carlos com José Joaquim de Lima f.º de Francisco da Silva Leme e de Ignacia Bueno de Camargo.

6-5 ...

5-5 José de Camargo Neves, batizado em 1771 em Atibaia, casou-se em 1793 na freguesia das Campinas com Manoela Pinheiro, natural de Nazareth, f.ª de Antonio Gonçalves Teixeira e de Esperança Pinheiro sua 1.ª mulher, neste V. a pág. 21. Teve:
Pág. 155
6-1 Anna Joaquina de Camargo casada em 1812 em S. Carlos com Antonio José de Camargo, natural de Atibaia, f.º de Felix Corrêa de Oliveira e de Joanna Bueno de Camargo. V. 1.º pág. 331.

6-2 Antonio Luiz da Rocha Camargo Faleceu em 1868 na Limeira, casado com Rosa Maria de Siqueira. Teve:

7-1 José de Camargo Neves, já falecido em 1868, foi casado com ... e teve: 8-1 Francisco com 15 anos em 1868

8-2 Joaquim

8-3 Carolina

8-4 Rita

8-5 Francisca

7-2 Maria Amelia casada com Francisco José de Araujo Lima.

7-3 João de Camargo Neves casado com Eliza de Camargo Neves.

7-4 Carlos da Rocha Siqueira de Camargo

6-3 João de Camargo Penteado casado com Manoela ... em Santa Barbara.

6-4 Benedicto de Camargo Neves casado com Rita ... foram pais de ...

7-1 Amancio

7-2 Eduardo de Camargo Neves, bacharel em direito, falecido no Rio Claro; e outros.

6-5 Joaquim de Camargo Penteado casado com Rita ... em Pirassununga.

6-6 Maria casada com Antonio Lopes.

6-7 José da Rocha de Camargo casado com Anna Joaquina f.ª de José Maria Bueno e de Anna Francisca Franco. V. 1.º pág. 465. Teve:

7-1 Joaquim da Rocha Camargo

7-2 José da Rocha Camargo Neves

7-3 Carolina de Camargo casada com Francisco de Assis Silveira f.º de Jacintho Antonio da Silveira e de Brigida Marciana, natural de Atibaia; com geração no V. 1.º pág. 490.

5-6 Joanna Bueno de Camargo casada em 1785 em Atibaia com João Franco de Brito, viúvo de Francisca Leite, f.º de Antonio Franco de Brito e de Escholastica Corrêa de Oliveira, neste V. à pág. 36, aí a geração.
Pág. 156
5-7 Francisco Antonio de Camargo, batizado em 1776 em Atibaia, casou-se em 1798 na freguesia das Campinas, mais tarde vila de S. Carlos, e hoje cidade de Campinas, com Maria Francisca Bueno f.ª de João Bueno Frazão e de Francisca Maria de Jesus, n. p. de Pedro Frazão e de Izabel da Fonseca, n. m. de Domingos Vaz Guedes e de Marianna da Silva. Tit. Taques.

5-8 Maria Bueno de Camargo casada em 1775 com Joaquim de Siqueira Caldeira f.º de José Munhoz de Pontes e de Simôa Pires Ribeiro, n. p. de Fernando Munhoz Paes e de Izabel de Pontes, n. m. de Balthazar Benito dos Reis e de Maria Pires.

5-9 Manoel, batizado em 1760 em Atibaia.

5-10 Antonio, batizado em 1763 em Atibaia.

5-11 Vicente, batizado em 1773 em Atibaia.

Da 2.ª mulher teve Diogo das Neves Pires n.º 3-2 os seguintes f.ºs:
4-7 Manoel das Neves Pires casou-se em 1768 em Atibaia com Escholastica Cardoso Pimentel f.ª de Pedro Ortiz de Camargo e de Catharina Rodrigues Garcia, V. 1.º pág. 363. Teve q. d.: 5-1 Anna Francisca Cardoso casada em 1791 em Atibaia com Roque de Siqueira Lima f.º de Antonio Pedroso de Alvarenga e de Anna de Lima do Prado. Com geração em Tit. Prados.

5-2 Mathias Cardoso casado em 1792 em Atibaia com Anna da Silva f.ª de Faustino Gonçalves e de Rita Bueno, n. p. de Francisco Gonçalves Dultra (do bisp. de Angra) e de Anna da Silva, de Parnaíba, n. m. de Antonio Pedroso de Alvarenga, natural do arraial dos Camargos, Minas, e de Anna de Lima do Prado. Tit. Prados.

5-3 José Ortiz casado em 1805 em Atibaia com Maria Francisca f.ª de José Bueno do Amaral e de Potencia Bueno de Camargo, n. p. de Raphael Cordeiro e de Anna Ribeiro, n. m. de Pedro Vaz Pires e de Maria Bueno de Camargo. Com geração no V. 1.º pág. 465.

5-4 Domingos

5-5 Messia da Silveira Cardoso casada em 1797 em Atibaia com Raphael Cardoso Bueno f.º de José Bueno do Amaral e 1.ª mulher Potencia Bueno de Camargo. Com geração no V. 1.º pág. 464.

Pág. 157
5-6 Pedro, batizado em 1781 em Atibaia.

5-7 João, batizado em 1786 em Atibaia.

5-8 Filippe José, batizado em 1770, casou em 1788 em Atibaia com Maria Custodia f.ª de José de Godoy Preto e 1.ª mulher Marianna Rodrigues Leme. V. 1.º pág. 486.

4-8 Bento das Neves Pires casou-se em 1771 em Atibaia com Maria de Camargo Lima f.ª de João de Lima de Camargo e de Maria Pinheiro Cardoso, V. 1.º pág. 323. Teve q. d.: 5-1 Anna, batizada em 1775 em Atibaia.

5-2 José, batizado em 1777 em Atibaia.

5-3 Messia, batizada em 1784 em Atibaia.

4-9 Miguel de Camargo Neves casou-se em 1777 em Atibaia com Joanna Barbosa Pimentel f.ª de Lourenço Franco Viegas e de Maria do Rosario. Tit. Lemes. Teve q. d.: 5-1 José Ortiz casado em 1804 em Atibaia com Anna Esmeria f.ª do capitão Domingos Leme do Prado e 2.ª mulher Maria da Cunha. Tit. Prados.

5-2 Albina Franco casada em 1812 em Bragança com Antonio da Cunha Lima.

5-3 Maria Ortiz casada em 1818 em Bragança com seu parente Floriano Barbosa; com geração em Tit. Tenorios.

4-10 Rosa.

4-11 José Ortiz de Camargo casado em 1766 em Atibaia com Francisca Barbosa f.ª de Lourenço Franco Viegas e de Maria do Rozario. Tit. Lemes. Teve q. d.:

5-1 Lourenço Ortiz casado em 1793 em Atibaia com Josepha de Barcellos f.ª de Manoel de Barcellos de Leite, e de Maria Bueno, n. p. de Manoel de Barcellos, do bisp. de Angra, e de Maria Leite, n. m. de Balthazar de Godoy e de Apolonia da Rocha. Teve q. d.: 6-1 Mariano Ortiz de Camargo casado em 1818 em Mogi-mirim com Felisberta Maria de Godoy f.ª de José Baptista de Oliveira e de Christina Maria de Moraes.

6-2 Generosa Maria casada em 1818 em Mogi-mirim com João Soares de Oliveira f.º de José Pereira de Camargo e de Maria Angelica.

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5-2 Quiteria Franco casada em 1805 em Bragança com João de Oliveira Baptista.

5-3 Maria Franco de Camargo casada em 1811 em Bragança com Antonio Telles de Menezes, de S. Paulo, f.º de João Manoel Telles, de Mogi-guaçu e de Gertrudes Franco de Moraes.
 
 

2-5 Antonio das Neves, f.º do § 2.º, nasceu em 1646.

2-6 João Pires das Neves, f.º do mesmo § 2.º, foi nobre cidadão de S. Paulo e muito opulento em cabedais. Escreveu Pedro Taques: "A sua fazenda era como um arraial pelas casas que tinha com númerosa escravatura de pretos e mulatos, e estes, oficiais de artes fabris e mecânicas, os quais trajavam calçados.

Casou na vila de Santos com Maria Barbosa de Souto Mayor, de qualificada nobreza por ser filha de Antonio Barbosa de Souto Mayor, natural de Lisboa, (irmão de Francisco, cavaleiro da ordem de Cristo, que veio a Santos) e de sua mulher Catharina de Mendonça, natural da vila de Santos. Faleceu João Pires das Neves em 1720 , sem geração". Sua mulher Maria Barbosa, já quinquagenária passou a 2.ªs núpcias com o sargento-mor Manoel Carvalho da Silva Bueno. V. 1.º pág. 425.

2-7 Maria das Neves Pires foi casada com José Ortiz de Camargo f.º de Fernando de Camargo, o Tigre, e de Marianna do Prado. Com geração no V. 1.º pág. 297.

2-8 Anna Maria das Neves Pires, última f.ª do § 2.º, foi casada em 1681 com José Domingues de Pontes f.º de Pedro Nunes de Pontes e de Ignez Domingues. Tit. Domingues Cap. 1.º § 4.º n.º 2-3, 3-6. Teve q. d.:

3-1 Maria de Pontes Pires foi 1.º casada com Antonio Cardoso da Silveira; casou 2.ª vez com Lucas de Camargo Ortiz f.º de outro de igual nome e de Isabel Rodrigues. Com no V. 1.º pág. 310.
 
 
§ 3.º

1-3 Anna Pires, f.ª de João Pires Cap. 10.º, foi casada com João Gago da Cunha f.º de outro de igual nome e de Catharina do Prado. Faleceu Anna Pires em 1690 em Mogi das Cruzes com testamento. Com geração em Cunhas Gagos.

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§ 4.º

1-4 Catharina Rodrigues, f.ª do Cap. 10.º, foi casada com Manoel Dias da Silva, o Bixira, natural da vila de Aveiro, nobre cidadão que serviu os cargos da república em S. Paulo. Faleceu em 1677 com testamento e foi sepultado na igreja do colégio dos jesuítas em S. Paulo, onde foi concedido um jazigo a seu sogro João Pires. Foi Manoel Dias da Silva irmão inteiro de Sebastiana da Silva, que foi casada com desembargador Antonio de Macedo Pereira, natural de Aveiro, e foram pais do capitão-mor Roque de Macedo Pereira de Sampaio, fidalgo da casa de S. Majestade, professo da ordem de Cristo, natural do Porto, o qual casou com Bernarda Victoria d'Horta Ferreira Forjaz, natural Setúbal, esta f.ª de Bernardo Amado Pereira Forjaz e de Anna Josephina de Figueiredo d'Horta, como se vê em Tit. Hortas Cap. 1.º. Manoel Dias da Silva foi também irmão inteiro de Pedro da Silva Castro, cônego doutoral da sé de Leiria, f.ºs de Antonio André Pardamo e de Isabel João de Castro, de nobreza provada. Manoel Dias da Silva, segundo escreveu Pedro Taques, penetrou a província do Paraguai até a cidade de Santa Fé (hoje na Bolívia) e daí recolheu-se rico e abundante de prata. Cremos que a este sucesso se deva atribuir a devoção que tomou de mandar celebrar anualmente uma missa a N. Senhora do Socorro da cidade de Santa Fé, devoção essa que ordenou em seu testamento se conservasse depois de sua morte. Teve em S. Paulo importante fazenda de cultura com excessivas colheitas de trigo e grande criação de ovelhas e de gados vacuns. Teve de Catharina Rodrigues os 8 f.ºs que seguem (C. O. S. Paulo):

2-1 Antonio da Silva de Medeiros, que em 1677 estudou em Coimbra com seu irmão Alexandre n.º seguinte e aí tomou o capelo. Ordenou-se clérigo e tomou a cadeira de cônego doutoral deixada por seu tio (na sé de Leiria) o revmo. dr. Pedro da Silva e Castro. Neste posto faleceu.

2-2 Alexandre da Silva Corrêa, nascido em S. Paulo em 1658, doutor de capelo pela universidade de Coimbra onde estudava em 1677, quando faleceu seu pai, foi lente na mesma por muitos anos e muito respeitado por suas postilas.

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Deixando a cadeira da universidade, passou aos tribunais de Lisboa; foi corregedor do cível no tribunal da casa da suplicação em 1709; conselheiro do ultramar e sucessor em 1726 do conde de S. Vicente no cargo de presidente deste tribunal, aí permanecendo até a data de seu falecimento. Damos em seguida um resumo do que a respeito deste insigne homem de letras escreveu Pedro Taques:

"As suas grandes letras e virtudes (foi de vida exemplar) o fizeram digno da real estimação do rei Dom João V. Foi dotado de uma grande esfera e claridade de engenho, o que adornava com ações de um ânimo cheio de sossego e tranqüilidade; tendo prestado grandes serviços, nunca pediu mercê alguma para si ou para outrem. Foi esta uma qualidade de que se adornavam os paulistas que só faziam glória de consumir suas fazendas e vidas no serviço do rei; pois foram eles os que conquistaram os bravos gentios do sertão da Bahia em 1672 até 1674, os do rio S. Francisco até o Ceará; os que penetraram o sertão desde S. Paulo até o Maranhão; os que acudiram por muitas vezes a socorrer a praça de Santos, a do Rio de Janeiro e a de Pernambuco; os que fizeram descobrimentos de minas de ouro e ferro em S. Paulo em 1597 e os mais descobrimentos de minas também de ouro em Paranaguá e Curitiba; em a Ribeira de Iguape as chamadas minas de Cananea, em Paranapanema e Apiaí, em Minas Gerais de Cataguazes e Sabarabuçú em 1695 até 1700, as de Cuiabá em 1719 até 1720, as de Mato Grosso em 1736, as de Goiases com o dilatado tempo de 3 anos e 3 meses de 1722 a 1724 e finalmente as minas de esmeraldas em 1681, e por causa deste descobrimento se conheceram os diamantes de Serro Frio que primeiro os descobriu o mesmo descobridor das esmeraldas Fernão Dias Paes.

O conselheiro Alexandre Corrêa foi cordialmente devoto do inefável mistério da Imaculada Conceição da Senhora em cuja reverência ouvia missa todos os dias. Nunca concebeu paixão nem agastou-se com os pretendentes que o procuravam, os quais mesmo na rua lhe faziam parar a modesta carruagem e nela introduziam seus memoriais; pois os recebia com afabilidade e compaixão e no tribunal os examinava em utilidade dos pretendentes.

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Dos seus rendimentos destinava a maior parte a obras pias, reservando apenas o que bastava para sua sustentação, mantendo em sua casa (de aluguel) um criado e uma velha cozinheira. Rezava todos os dias das duas horas da tarde em diante o ofício divino com tanta devoção que durante esse exercício não recebia pessoa alguma por mais grada que fosse. Foi caso muito divulgado em Lisboa que chegando a sua casa o conde de S. Vicente e subindo as escadas para falar ao conselheiro Alexandre Corrêa, lhe disse o criado que seu amo estava rezando o ofício divino e que não falava a pessoa alguma nessa hora; foi este cavalheiro tão benigno que se dignou a esperar que o conselheiro acabasse o seu devoto exercício. Quando concluiu foi buscar ao conde, pedindo-lhe desculpas e perdão de sua demora e lhe disse com humildade e reverencia estas palavras: "Ex.mo. senhor, quem está falando com o Criador não se deve abstrair para falar com a criatura". E o benigno conde, também bom católico, lhe não estanhou a demora, antes louvando-lhe a piedosa devoção, contou muitas vezes este lance a outros cavalheiros, aplaudindo a exemplar vida e virtudes do mesmo Alexandre Corrêa da Silva. Nunca vestiu seda sendo a sua maior gala o crepe; e desta fazenda tão barata trazia a sua beca remendada, e para desculpar-se da aparência de falta de asseio e decência de um ministro tão caracterizado, dizia que queria menos adornado o corpo pelos vestidos, do que a alma pelas esmolas. No ano de 1728 em que contava 70 anos de idade, voltando do conselho ultramarino, mandou chamar ao seu pároco e confessor o diretor da freguesia dos Anjos, e lhe disse que chegara o tempo de prestar contas no tribunal divino pois que ao do ultramar não voltaria mais, entregou ao mesmo pároco uma reserva de dinheiro para sufrágio de sua alma por meio de missas e ofícios de defuntos para se repetirem nos 3 dias seguintes, sendo que o 3.º seria o de sua morte. Recebeu o Viático e no 3.º dia a Extrema Unção e faleceu como tinha vaticinado, depois de feito seu testamento.
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O rei D. João V no mesmo dia em que o conselheiro chamou o pároco, mandou a seus médicos que lhe fossem assistir, e que lhe provesse do necessário para restaurar-lhe a vida a custa de todo o dispêndio; porém debalde, porque os médicos reconheceram pela debilidade do pulso que a doença era mortal. Falecendo em suma pobreza, como se conheceu no seu testamento em que pedia pelo amor de Deus ao provedor da santa casa de misericórdia que lhe mandasse enterrar o cadáver , a real grandeza ordenou que seu corpo fosse sepultado no jazigo onde descansavam as cinzas do benemérito ministro Guerreiros, tudo a expensas do rei. Foi seu cadáver adornado de flores, levando nas mão um palma como insígnia da pureza que soube conservar ao longo dos anos de sua vida. Declarou no testamento ser natural de S. Paulo, sem herdeiros forçados; deixou os seus serviços todos a seu primo irmão o capitão Roque de Macedo Pereira de Sampaio, morgado do Verride, como prova de gratidão pelo amor e benefícios de que lhe era devedor, durante o tempo que residiu em Coimbra".

2-3 Capitão Domingos Dias da Silva, natural de S. Paulo onde serviu os honrosos cargos da república e foi juiz ordinário. Casou-se em 1684 em S. Paulo com Leonor de Siqueira f.ª de Lourenço Castanho Taques e de Maria Araujo (Tit. Taques Pompeus) e foi morador na fazenda chamada Ajuhá com grandes culturas, a qual (segundo Azevedo Marques, estava nos modernos distritos de N. Senhora da Expectação do Ó e no de Juqueri, hoje retalhada); e daí passou às minas onde se tornou opulento pela abundância de ouro que extraíam os seus escravos. Intrépido, liberal e muito amante do real serviço, quando chegou-lhe a notícia de que a cidade do Rio de Janeiro estava 2.ª vez invadida pelos franceses em 1711, marchou a socorrer esta praça Domingos Dias da Silva com um troço de soldados equipados a sua custa, no que gastou avultado cabedal, tendo então a patente de brigadeiro daquele exército que lhe foi passada pelo governador e capitão general do Rio de Janeiro e S. Paulo Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho.

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Tomou parte na guerra dos emboabas, sendo no exército paulista o imediato ao comandante Amador Bueno da Veiga. Deixando seu estabelecimento de lavras minerais com sua númerosa escravatura entregue a administração de seu f.º Manoel Dias da Silva, voltou a S. Paulo para gozar de alguma tranqüilidade depois de tantas fadigas e faleceu em 1719. Teve de seu consórcio 2 f.ºs:
3-1 Manoel Dias da Silva. A seu respeito escreveu Pedro Taques:

"... foi cidadão de S. Paulo onde ocupou os cargos da república e o de juiz ordinário e de órfãos em 1729. Foi mestre de campo dos auxiliares das minas de Cuiabá por patente de Dom Rodrigo Cesar de Menezes. A mercê do hábito de Cristo com 50$ de tença efetiva, feita a seu tio o sargento-mor Luiz Pedroso de Barros, nele se verificou com a grandeza que se nota no padrão da tença, em que sua majestade declarou que as venceria desde o dia que lhe tinha feito a mercê do hábito, que antes de o pôr ao peito tinha percebido mais de três títulos de tença. Estando em minas de Goiases estabelecido com lavras minerais e númerosa escravatura em 1736 (achava-se neste tempo a praça da Colônia do Sacramento posta em assédio pelas tropas castelhanas, debaixo do comando de D. Miguel de Salcedo, governador da província de Buenos Aires) se publicou a real ordem, pela qual Dom João V deu a conhecer o muito que seria de seu agrado que os seus vassalos paulistas invadissem as Índias da Espanha pelas povoações da província do Paraguai, em cima da serra. Bastou este leve aceno para que o mestre de campo Manoel Dias da Silva projetasse que, passando com um corpo de armas de soldados escolhidos pela experiência do valor da sua disciplina a demandas as povoações da Vacaria, faria um particular serviço ao real agrado, destruindo as ditas povoações para evitar-se que a força desta gente empreendesse dar subitamente sobre as minas da Vila Real de Cuiabá, sendo-lhes muito fácil a resolução desta idéia por terem na abundância dos gados vacuns das campanhas chamadas Vacaria todo o sustento para qualquer grosso pé de exército.

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Como, para Manoel Dias da Silva pôr em execução este intento, precisava atravessar o vasto sertão que medeia entre o rio Camapuã, da navegação do Cuiabá, e Vila Boa de Goiases (todo habitado de inumeráveis aldeias dos bravos e bárbaros índios da nação Caiapó) não foi a sua resolução apoiada pelos melhores sertanistas com os quais conferiu a matéria, porque demandava de uma força grande para sustentar na marcha os repetidos assaltos desta potência Caiapó que é formidável no tal sertão. Porém, Manoel Dias da Silva, que só media pelo valor próprio o dos estranhos, não desistiu da ação; e, reforçando mais o corpo com que se achava, que não passava então de 80 armas, intrépido se meteu a cortar rumo a demandar o sitio de Camapuã, atravessando o vasto sertão que tinha para passar. Consistia também a dificuldade no temor de não acertar com o sitio de Camapuã, por falta de geografia, cuja ciência totalmente ignorava, bem como todos os antigos paulistas, que sem outro adjutório mais do que o rumo do nascente ao poente, a que lhes servia de verdadeira agulha o sol, penetraram a maior parte dos incultos sertões da América, conquistando nações bravas, de cujos índios se serviam como administradores seus, pelo beneficio de os terem desentranhado do paganismo para o grêmio da igreja.

Assim sucedeu a Manoel Dias que, com três meses de jornada, chegou a salvamento ao sitio de Camapuã, que frechou tão direito, que foi sair afastado da sua tranqueira meio quarto de légua. Neste sitio deu descanso a tropa, que nos três meses se sustentara da providência da boca da arma; e, conseguindo o necessário ócio, já bem guarnecidos os seus soldados do necessário, se pôs em marcha para as campanhas da Vacaria. Chegou a estas, e, correndo-as até grande distância, estranhou a novidade de faltarem gados, que nelas sempre existiram em numerosa multidão e inutilidade.

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Avizinhou-se mais a serra e para logo descobriu a cautela dos castelhanos. Tinham estes retirado aquelas indizíveis manadas de gados e bestas cavalares para os férteis campos de cima da serra, só para que os moradores das minas do Cuiabá se não viessem a utilizar de tão belas manadas, quando fôssemos atacados dos mesmo castelhanos e nos achássemos em qualquer aperto de sítio. Discorrendo ou penetrando mais as campanhas para a parte do Paraguai, encontrou com uma franca estrada e o abarracamento em que, haveria um mês (até pela figura dos ranchos e cinzas do fogão conheciam os sertanistas pouco mais ou menos o tempo que se tinha passado depois que naquele sítio estivera alguma tropa) tinham ali estado os castelhanos, e, pela configuração do terreno que ocupava o centro do abarracamento se conheceu que a barraca era de comandante de patente grande, como a de mestre de campo, de quem os castelhanos costumam fiar as suas tropas na província do Paraguai e outras. Pela estacaria, que circulava em grande periferia o abarracamento, se via que o número dos cavalos que nela se atavam, excedia de 800. Este grande corpo na retirada tinha feito abrir a franca estrada que encontrou Manoel Dias da Silva.

Pôs este em consulta o movimento que lhe ocorreu, e, aprovando-lhe a temeridade os da sua comitiva, dispôs as escoltas, que fez emboscar em diversos postos da mata por onde seguia aquela estrada, ficando ele com o resto dos soldados em sitio, donde, avançando de tropel, ficasse completa a vitória que esperava alcançar pela sua premeditada idéia. Era esta que, ganhando distancias certo número de soldados bem montados e avistando aos castelhanos, voltassem as costas, como fugindo, e deste modo os trouxessem enganados para perceberem todos nas emboscadas referidas, e ficando nós senhores da cavalhada pudéssemos dar com toda a força das nossas armas a acabar o inimigo.

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Foi Deus servido que já os castelhanos estavam totalmente recolhidos às suas povoações, porque do contrário, ou pereceria ou ficaria prisioneira toda a tropa do mestre de campo Manoel Dias da Silva, e quando nada, ficaria rota uma guerra em tempo que a sustentada na Colônia por assédio era com o sistema de carta coberta, que é a máxima que costuma praticar o gabinete de Castela sobre a praça da Colônia, por algumas vezes posta já em sitio.

No regresso encontrou o mestre de campo Manoel Dias da Silva com o efeito daquele grande corpo que, não contente com a retirada dos gados e cavalos da Vacaria, deixou um padrão de pedra lavrada, em forma de cruz, posta ao alto, a que servia de base outra pedra em figura triangular, de seis palmos de alto, com proporcionada grossura a altura do padrão; nele estavam abertas as letras do idioma castelhano, que diziam: "Viva el-rei de Castela, senhor dos domínios destas campanhas". Não tinha Manoel Dias da Silva instrumentos para deitar abaixo aquele padrão, e por isso mandou cavar a terra a roda até que, faltando-lhe esta e perdendo a máquina o equilíbrio, veio abaixo, fazendo-se em três pedaços. Conseguido com facilidade este intento fez ele conduzir aqueles pedaços para diversos sítios e sepultar cada um deles em altas covas dentro das matas. Do madeiro mais grosso e menos corruptível mandou lavrar em quatro faces, uma cruz em que lhe gravou as letras no idioma português, que diziam: "Viva o muito alto e muito poderoso rei de Portugal D. João V, senhor dos domínios deste sertão da Vacaria". Recolheu-se o mestre de campo Manoel Dias da Silva pelo mesmo sertão ao Cuiabá, onde era então ouvidor o Dr. João Gonçalves Pereira e deu-lhe conta, em presença dos oficiais da câmara e dos republicanos dessa localidade, do que tinha examinado e obrado em sua excursão. Isto deu lugar a que ponderassem o perigo a que estavam expostas as minas de Cuiabá de serem invadidas pelos castelhanos; pelo que expediram-se cartas ao general da capitania o conde de Sarzedas Antonio Luiz de Tavora e aos camaristas da cidade de S. Paulo; e estes resolveram que se devia abrir uma estrada que comunicasse com S. Paulo as ditas minas, visto que o caminho pela navegação podia ser facilmente embaraçado pelos castelhanos no caso de necessidade de remessa de tropas às ditas minas.

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O mestre de campo Manoel Dias da Silva ficou residindo em Cuiabá, procurando com o jornal de seus escravos reparar a sua fortuna desfalcadas pelas despesas a que o obrigou o seu zelo e leal intento. Nesse lugar substituiu ao dr. ouvidor Manoel Antunes Nogueira no cargo de juiz ordinário, e deu providências para vedar a extração de diamantes no rio Paraguai, pelo que recebeu cartas de agradecimento escritas pelo governador e capitão-general, em 1749, Gomes Freire de Andrade o qual tinha o governo da capitania de Cuiabá e Goiás. Faleceu o mestre de campo Manoel Dias da Silva em 1752 no seu retiro, a dois dias de jornada de Cuiabá, para onde se retirara para fugir ao espetáculo de tantas injustiças que se praticavam na dita vila".

Foi casado em S. Paulo com sua prima Theresa Paes da Silva f.ª do capitão Bartholomeu Paes de Abreu e de Leonor de Siqueira Paes; e teve dois f.ºs:

4-1 Anna Leonor que faleceu solteira.

4-2 Alexandre da Silva Corrêa faleceu na flor dos anos.

3-2 Ignacio Dias da Silva, f.º do brigadeiro Domingos Dias da Silva n.º 2-3, casou-se em 1719 em S. Paulo com Anna Maria do Amaral Gurgel f.ª do sargento-mor Bento do Amaral da Silva e de Escholastica de Godoy. Teve 3 f.ºs que são:
4-1 Bento do Amaral da Silva, que, estando servindo o cargo de juiz ordinário em S. Paulo em 1752, foi assassinado por um régulo facinoroso de nome Manoel Soares que veio de Guaratinguetá carregado de delitos com o intento de assassinar o ouvidor geral dr. José Luiz de Brito.
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Estava o juiz ordinário no mesmo lugar em que esse facinoroso foi reconhecido pela ronda, e, como esta amedrontada fugisse, o dito juiz com a temeridade própria de seus 33 anos de idade, avançou para lançar mão ao criminoso e foi ferido de morte por um tiro de pistola. Estava casado com Catharina Alvares Fidalgo f.ª de José Alvares Fidalgo, natural da vila de Freixo de Espada a Cinta, e de Maria Leite da Silva. Tit. Macieis. Deixou em tenra idade os f.ºs seguintes: 5-1 Ignacio do Amaral, que foi carmelita calçado em 1760.

5-2 Anna Maria do Amaral da Silva

5-3 João Leite do Amaral Gurgel que faleceu solteiro em 1783 em S. Paulo.

5-4 Beatriz Leonisa do Amaral casou-se em 1764 em S. Paulo com Joaquim da Costa de Siqueira f.º de Ignacio da Costa de Siqueira, natural de Braga, e de Maria Josepha Velloso, esta f.ª de Manoel Velloso e de Ignacia Vieira. Tit. Macieis.

5-5 Matilde Policena do Amaral

5-6 Maria Emilia do Amaral.

4-2 Domingos Dias do Amaral da Silva faleceu solteiro em 1742 em S. Paulo.

4-3 Ignacio Dias da Silva casou-se nos Currais da Bahia e teve geração.

2-4 João Dias da Silva, f.º do § 4.º, foi prestante cidadão que teve voto de respeito nas matérias de governo e nas do real serviço. Foi juiz de órfãos por provisão de Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, confirmada por provisão régia em que o mantinha nesse cargo até haver proprietário. Foi ele quem mandou fazer o cofre de três chaves para segurança dos órfãos; foi provedor dos reais quintos e procurador da coroa, e, em 1711 por ocasião da 2.ª entrada dos franceses no Rio de Janeiro, apesar de ocupar o cargo de juiz de órfãos, acudiu em pessoa a Santos com socorro de gente armada a sua custa. Foi casado 1.º com Izabel da Silva f.ª de João Leite de Miranda e de Anna da Silva. Tit. Prados. Faleceu Izabel da Silva em 1710 e seu marido passou a 2.ªs núpcias com Marianna Bueno de Oliveira f.ª de Diogo Bueno e de Maria de Oliveira. Faleceu João Dias da Silva em 1726 rodeado do aplauso e estima dos capitães generais, governadores e ouvidores de S. Paulo. Sem geração da 2.ª mulher; porém teve:
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Da 1.ª: 3-1 José da Silva foi casado com Maria de Siqueira Paes, f.ª do capitão Salvador de Oliveira Paes e de Izabel de Siqueira e Mendonça. Tit. Hortas. Teve a f.ª única: 4-1 Maria de Siqueira Paes, que sendo criada por sua avó Izabel de Siqueira, foi para S. João de El-Rei na idade de 20 anos, onde moravam seus pais, e lá casou com Manoel Martins Gomes, natural de Portello, termo de Barcelos - Portugal. Faleceu Maria de Siqueira em S. João de El-Rei em 1769 e foi casada 2.ª vez com José Ferreira Barreto. Teve:

Do 1.º marido:

5-1 Manoel Felix de Siqueira Martins

5-2 Antonio Manoel de Siqueira Martins

5-3 Tenente José Manoel de Siqueira Martins

5-4 Alferes Angelo Martins de Siqueira (em Tamanduá)

5-5 Francisco Xavier de Siqueira Martins

5-6 Maria Antonia Felisberta Dias que foi casada com o alferes Januario Pereira Dias f.º de Luiz Pereira Dias e de Maria Nogueira, em Tit. Bicudos, com geração.

5-7 Antonia Maria, solteira.

5-8 Joaquim Antonio de Siqueira Martins

Do 2.º: 5-9 Josepha Ferreira Barreto casada com Paschoal Alves f.º de ... Teve entre outros:
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6-1 Padre Antonio Alves Ferreira que entre 1782 recebeu em Coimbra o grau de licenciado em teologia e voltou para S. João de El-Rei. 5-10 ... 3-2 Antonio Dias da Silva, o papudo, f.º de João Dias da Silva, passou de S. Paulo, onde ocupou os honrosos cargos, para a Vila Boa de Goiás, onde foi o 1.º juiz ordinário depois de aclamada vila. Casou-se com Anna Pires f.ª de Manoel Corrêa Penteado e de Beatriz de Barros. Tit. Penteados Cap. 4.º Teve 3 f.ºs: 4-1 João da Silva

4-2 Ignacio Dias

4-3 Alexandre Dias da Silva.

3-3 Angelo da Silva Corrêa foi para Cuiabá.

3-4 Maria da Silva foi casada com o capitão Pedro Fernandes de Avellar, viúvo de Sebastiana Ribeiro, f.º de João Pereira de Avellar e de Maria Leme do Prado. Com geração em Tit. Prados.

3-5 Izabel da Silva, falecida em 1765, foi casada com Antonio Rodrigues dos Ouros f.º de Fabião Rodrigues. Teve:

4-1 Izabel da Silva

4-2 João Rodrigues Leite

4-3 Maria da Silva Faleceu solteira.

4-4 Escholastica Pires da Silva Leite foi casada com Luiz Manoel do Rego, natural da Vila Nova da Cerveira, f.º de Antonio da Silva e de Maria do Rego.

2-5 Manoel Dias da Silva, f.º do § 4.º, em 1677 quando faleceu seu pai, estava fugido no sertão com diversos escravos da casa.

2-6 Messia da Silva e Castro, nascida em 1654, faleceu em 1720, foi casada com Estevão da Cunha de Abreu f.º de Antonio da Cunha de Abreu, e de Izabel da Silva, esta f.ª de Claudio Furquim e de Maria da Silva. Com geração em Tit. Furquins.

2-7 Sebastiana da Silva casou-se em 1704 em Parnaíba com João Pedroso Xavier, viúvo de Anna Bueno, f.º de Francisco Pedroso Xavier e de Maria Cardoso. Tit. Moraes, sem geração.

2-8 Izabel da Silva última f.ª do § 4.º.

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§ 5.º

1-5 Margarida Rodrigues, f.ª de João Pires Cap. 10.º, foi casada com o capitão Antonio do Canto Mesquita, natural de Vila Real, homem de qualificada nobreza, que veio da capitania do Espirito Santo onde prestou serviços ao rei, pelo que teve a mercê do hábito de Cristo com 40$ de tença efetiva. Ocupou em S. Paulo os honrosos cargos da república, sendo seu voto muito acatado no governo político. Teve q. d. 2 f.ªs:

2-1 Anna do Canto Mesquita que foi casada com João de Toledo Castelhanos f.º de dom Simão de Toledo Piza e de Maria Pedroso. Com geração em Tit. Toledos onde descrevemos também a geração da 1.ª mulher Maria de Lara.

2-2 Maria batizada em 1655 em S. Paulo.
 
 

§ 6.º

1-6 Messia Pires foi casada com João Ortiz de Camargo f.º de Fernando de Camargo, o Tigre, e de Marianna do Prado. Com geração no V. 1.º pág. 299.
 
 

§ 7.º

1-7 Thomazia Rodrigues, f.ª do Cap. 10.º, foi casada com o capitão Francisco de Godoy Moreira f.º de Belchior de Godoy e de Catharina de Mendonça. Com geração em Tit. Godoys Cap. 1.º § 2.º.
 
 

§ 8.º

1-8 Maria Pires Rodrigues foi casada com Miguel de Camargo Ortiz f.º de José Ortiz de Camargo e de Maria Antunes. Com geração no V. 1.º pág. 318.
 
 

§ 9.º

1-9 Maria Rodrigues foi casada com Diogo Barbosa do Rego, † em 1724, f.º de João Martins Bonilha e de Adriana Barreto. Com geração em Tit. Bonilhas.

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§ 10.º

1-10 João Rodrigues, falecido em 1708, foi paulista de muita veneração, chamado por antonomásia - o Pai da Pátria - pelo grande zelo que mostrou sempre pelos interesses do bem do público. Foi sepultado no jazigo concedido a seu pai na igreja do colégio dos jesuítas em S. Paulo. Foi casado com Branca de Almeida que faleceu em S. Paulo em 1714, f.ª de Lourenço Castanho Taques e de Maria de Lara. Tit. Taques. Teve 12 f.ºs:

2-1 Lourenço Pires que faleceu solteiro.

2-2 João Pires Rodrigues, adornado de virtudes morais, sendo a afabilidade e a caridade as que mais resplandeciam, foi muito temente a Deus e soube praticar em toda a sua vida uma inteira verdade sem destoar dela em seus negócios: pois que sua palavra sempre foi firme. Serviu os cargos da república em S. Paulo, e foi casado com Isabel Bueno f.ª de Bartholomeu Bueno e de Isabel de Freitas. V. 1.º pág. 418. Faleceu em Goiás e teve 8 f.ºs, naturais de Juqueri:

3-1 Francisco Pires, solteiro em 1764 no Serro Frio.

3-2 Bento Rodrigues de Almeida casou-se em 1745 na Conceição dos Guarulhos com Rosa Mathilde de Moraes f.ª do capitão Christovam da Cunha Barros; faleceu deixando uma f.ª. Tit. Cunhas Gagos.

3-3 João Pires, solteiro.

3-4 Bartholomeu Bueno, faleceu solteiro.

3-5 Manoel Bueno era solteiro.

3-6 Antonio Bueno de Almeida, solteiro.

3-7 Maria Bueno, faleceu solteira.

3-8 Escholastica Bueno, faleceu solteira.

2-3 Capitão Francisco de Almeida Lara, cidadão de S. Paulo, foi morador na vila de Itu. Foi apelidado o Caga fogo pelos castigos que aplicava a seus escravos e rigor ao doutrinar a seus filhos; era entretanto dócil e afável no trato com os estranhos. Faleceu nas minas de Paracatu, para onde mudou-se já avançado em anos, gastando aí em obras de caridade um bom cabedal. Casou-se em 1705 em Itu com Maria Leme da Silva, † em 1771 em Itu com 80 anos, natural desta vila, f.ª de Francisco Leme da Silva e de Isabel de Anhaya, n. p. do capitão Domingos Leme da Silva, inventariado em Sorocaba, e de Francisca Cardoso, em Tit. Lemes Cap. 1.º § 5.º, n. m. de Sebastião Pedroso Bayam e 2.ª mulher Florencia Corrêa. Tit. Alvarengas. Teve 5 f.ºs naturais de Itu:
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3-1 Francisco de Almeida Lara Taques, † em 1772 em Itu com 70 anos, que se casou em 1737 nessa vila com Isabel de Arruda f.ª de Francisco de Arruda e Sá e de Anna de Proença. Tit. Arrudas Cap. 3.º § 1.º. Teve 3 f.ºs que são: 4-1 Maria de Almeida, natural de Campanha - Minas Gerais, que se casou em 1772 em Itu com Manoel Pires f.º de Luiz Nogueira e de Maria Pires sua segunda mulher. Com geração em Tit. Borges de Cerqueira Cap. 8.º § 1.º n.º 2-4.

4-2 Anna

4-3 Rosa de Almeida casada em 1761 em Itu com Antonio de Campos Bicudo f.º de Filippe de Campos Bicudo e de Isabel Arruda. Tit. Campos. Com 3 f.ºs dentre os quais:

5-1 Ildefonso de Campos

5-2 Hermenegilda Maria de Campos casada em 1776 em Itu com Francisco Leme da Silva f.º de Antonio Leme da Silva e de Maria Antunes. Tit. Prados.

3-2 João Pires de Almeida, faleceu em Goiás.

3-3 Branca de Almeida casou-se em 1741 em Itu com Carlos de Araujo Gomes, natural de S. Miguel de Bastos, Braga, f.º de Gervasio de Araujo Gomes e de Senhorinha de Seixas e Moraes. Sem geração.

3-4 José Pires que foi morador no Serro Frio em 1767 e foi aí casado.

3-5 Isabel Pires, falecida solteira em 1772 em Itu com 45 anos de idade.

2-4 Pedro Taques Pires, f.º do § 10.º. A seu respeito escreveu Pedro Taques o seguinte:
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"... foi cidadão de S. Paulo, onde serviu repetidas vezes os cargos da república. Faleceu com testamento em 1760. Foi verdadeiro herdeiro das morais virtudes de seu pai, e avô João Pires Rodrigues; de tal sorte que até soube merecer com geral aplauso dos moradores de S. Paulo o cognome de - Pai da Pátria - que inteiramente soube desempenhar em todas as ocasiões do bem público dela. Foi de ânimo constante para se não deixar vencer dos efeitos da lisonja ou do temor contra as matérias do real serviço e do bem comum da pátria, que na verdade muito lhe mereceu. Em 1737 soube com honrosa resolução desempenhar o conceito que tinha adquirido de verdadeiro cidadão, quando, a custa de um grande tropel que lhe urdiu ódio e a injustiça, sofreu constante a injúria de uma prisão alheia do seu grande merecimento pela iniqüidade da sua causa.

Teve origem desta no desafogo da vingança pela liberdade e desembaraço com que embargou no dito ano a posse dos oficiais que, para servirem na câmara da mesma cidade, tinham saído de barrete, contra toda a disposição do régio alvará, concedido por privilégio às duas famílias de Pires e Camargos da dita cidade, onde o dito alvará é a lei que se observa para a fatura das eleições trienais e as de barrete. Fundou-se o direito da causa de embargo (porém, a repugnância foi melindroso escrúpulo, não sei de que acidente de mecanismo, contra um dos oficiais eleitos) no despotismo com que o dr. João Rodrigues Campelo, ouvidor e corregedor da comarca, havia procedido na eleição de barrete com total atrevimento de não observar o régio alvará, que nesta ocasião foi posto em total desprezo; porque o corregedor mancomunado com os da sua parcialidade fez corpo de união para que os votos superassem aos do partido das famílias de Pires e Camargos. Com efeito saíram por vereadores de barrete Bartholomeu de Freitas Esmeraldo, moço fidalgo e professo da ordem de Cristo, André Alves de Crasto, cavaleiro fidalgo e professo da ordem de Cristo, e Francisco Pinheiro de Cepeda. Como estes não eram das famílias dos Pires ou Camargos, nem ainda por aliança de casamentos, pugnou pelo cumprimento do real alvará Pedro Taques Pires.

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Posta a questão da dúvida em tela judiciária, foram rejeitados os embargos, e Taques interpôs agravo para a relação do Estado. Antes de decidida a causa procedeu por meio extraordinário o mestre de campo João dos Santos Ala, governador da praça de Santos (então interino da comarca de S. Paulo, pela ausência do general dela o conde de Sarzedas) a favor das duas famílias prejudicadas, em observância do mesmo alvará de el-rei D. Pedro II, confirmado por el-rei D. João V, que determina a todos os governadores e generais o façam guardar inviolavelmente. Como o estrépito das armas jamais conseguiu boa harmonia com a suavidade das letras, temeram os vereadores (que já tinham tomado posse) o efeito de uma prisão, no que já lhes não podia valer o corregedor e por isso se refugiaram a lugar sagrado. Sustentava Pedro Taques Pires constantemente os embargos; porém, prevalecendo a vingança contra a razão, formaram-lhe tais culpas os parciais do corregedor, que foi preso o inocente Pedro Taques. Delas se livrou, e obteve sentença de absolvição, quando já a lima do tempo tinha consumido as memórias que acenderam o fogo na oficina da maldade. Porque, chegado a S. Paulo Gomes Freire de Andrada em Novembro de 1737, que ia tomar posse daquele governo por morte do conde de Sarzedas, e, informado da inocência de Pedro Taques Pires, foi o instrumento para que se serenasse esta tempestade. No mesmo tempo chegou a sentença da remuneração do Estado que restituía aos seus cargos os três vereadores, que ainda serviram os meses de novembro e dezembro daquele ano de 1737. Pedro Taques serviu de juiz ordinário repetidas vezes e saiu eleito pela uniformidade dos votos juiz de órfãos trienal da mesma cidade sua pátria; porém, pesando na balança de sua boa consciência o ônus deste ofício, achou que era menos o desprezo da vaidade que o desvanecimento da ocupação; e com este conhecimento se eximiu de ficar responsável a tantos encargos".

Foi casado com Maria de Arruda falecida em 1727, f.ª de Francisco de Arruda e Sá e de Maria de Quadros. Tit. Arrudas Cap. 1.º § 8.º. E teve (C.º S. Paulo) 5 f.ºs naturais de S. Paulo:

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3-1 João Pires de Arruda que se casou 1.º em 1729 em Sorocaba com Antonia de Almeida Leite f.ª de Antonio Rodrigues Penteado e de Maria de Almeida, em Tit. Penteados; 2.ª vez em 1755 em Itu com Maria de Araujo, natural de Apiaí, f.ª de Lourenço Corrêa de Araujo e de Rosa de Almeida, n. p. de Lourenço Corrêa Ribeiro, natural de S. Sebastião, e de Maria Bicudo de Campos, n. m. de Francisco de Arruda Sá e de Anna de Proença. Sem geração.

3-2 Maria Pires de Arruda que se casou com José Rodrigues Penteado e de Maria de Almeida Lara. Tit. Penteados Cap. 2.º.

3-3 Ignacia de Almeida Taques que foi casada com Paschoal Delgado de Moraes, natural de Itu, f.º de Pedro de Moares Siqueira e de Isabel Delgado. Tit. Moraes. Com geração.

3-4 Branca de Almeida.

3-5 Pedro

2-5 Capitão José Pires de Almeida, f.º de João Pires Rodrigues § 10.º, serviu os honrosos cargos da república em S. Paulo. Casou-se em 1709 em S. Paulo com Maria de Arruda f.ª de João de Macedo, morador na freguesia de Juqueri, e de Francisca de Godoy Gusmão, n. p. de Francisco de Arruda Sá e de Maria de Quadros (Tit. Arrudas) n. m. de Balthazar de Godoy e de Violante Barbosa de Gusmão. Foi José Pires de Arruda um dos capitães de cavalo do regimento auxiliar das minas de Vila Boa de Goiás, donde se passou às minas de Paracatu, com o mesmo favor da fortuna, e mais tarde para o Serro Frio, para onde fez conduzir sua mulher, para acompanhar sua f.ª Branca que então estava casada com o capitão Felisberto Caldeira Brant. Faleceu no Serro Frio, e teve q. d.: 3-1 Branca de Almeida casada com o capitão Felisberto Caldeira Brant f.º de Ambrosio Caldeira Brant (que veio de Lisboa em 1700 e foi o comandante dos portugueses no rio das Mortes quando sustentaram com os paulistas em 1710 a guerra chamada dos Emboabas) e de Josepha de Sousa, de S. Paulo, n. p. de João Caldeira Van Brant, natural de Antuérpia, e de Marianna de Sousa, de Lisboa, n. m. de João de Sousa, natural de Portugal e de Sebastiana da Rocha, natural de S. Paulo. Com geração em Tit. Hortas.

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3-2 José Pires de Arruda casado em 1765 com sua parenta Maria Gertrudes da Cunha Franco f.ª do coronel Antonio da Cunha de Abreu e de Maria Franco de Oliveira. Sem geração.

3-3 Capitão Felix de Almeida Lara casou 1.º com Bernarda Franco f.ª de João Bueno da Silva e de Messia Ferreira Franco, V. 1.º pág. 507; 2.ª vez casou em 1802 na freguesia de Juqueri com Anna Soares f.ª de Nicolau Soares e de Joanna de Camargo, V. 1.º pág. 365; 3.ª vez casou em 1805 na mesma freguesia com Maria Pinto, viúva de Sebastião da Silva. Teve q. d. da 1.ª:

4-1 Rita Joaquina de Almeida que casou com o capitão Antonio Gonçalves da Cunha f.º de Domingos Gonçalves Murzillo e de Marianna Cardoso de Camargo. Com geração em Siqueira Mendonças.

4-2 Messia de Almeida, † em 1829 com 81 anos em Juqueri, casou em 1775 com o guarda-mor Pedro da Cunha Franco, viúvo de Rita Margarida Angelica de Toledo, f.º do coronel Antonio da Cunha de Abreu e de Maria Franco. Com geração em Furquins.

4-3 Capitão José Pires de Almeida casou em 1737 em Mogi das Cruzes com Anna Maria de Camargo, viúva de Bento Ortiz de Lima, f.ª do capitão-mor João Pimenta de Abreu e de Escholastica de Camargo. Tit. Godoys.

4-4 Maria Antonia de Lara era solteira em 1802.

4-5 Luciana Maria de Camargo foi a 1.ª mulher do capitão Joaquim da Cunha Leme f.º de José Xavier Cardoso da CUnha. Tit. Furquins. Da 2.ª não teve geração o n.º 3-3; da 3.ª não descobrimos geração.

2-6 Salvador Pires de Almeida, f.º do § 10.º, foi casado com Anna de Toledo Canto, sua parenta, f.ª de João de Toledo Castelhanos e de Anna do Canto de Mesquita. Tit. Toledos. Sem geração.
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2-7 Anna de Proença que foi casada com João Gago Paes f.º de Antonio Paes e de Anna da Cunha. Com geração em Tenorios.

2-8 Maria de Lara, f.ª do § 10.º, faleceu solteira.

2-9 Francisca de Almeida foi casada com dom Simão de Toledo. Com geração em Toledos Pizas.

2-10 Messia Rodrigues foi casada em 1695 em S. Paulo com Antonio de Godoy Moreira e Mendonça f.º de Belchior de Godoy e de Catharina de Mendonça. Com geração em Godoys.

2-11 Izabel de Almeida falecida em 1743, casou-se em 1702 em S. Paulo com Manoel de Góes Cardoso f.º de ...

2-12 Anna Maria de Almeida, f.ª do § 10.º, casou-se em 1709 em S. Paulo com o capitão Thomé Alvares, natural da cidade de Évora, f.º de Miguel Alvarese e de Anna Pereira. Foi Thomé Alvares nobre cidadão de S. Paulo onde ocupou os cargos da república, servindo também de juiz ordinário e de órfãos. Foi neto paterno de João Gonçalves e de Brites Visagre, naturais da freguesia de N. Senhora do Machado, termo de Évora; n. m. de Antonio Fernandes Ramalho e de Izabel de Paiva, naturais de Evoramonte. Teve f.ª única:

3-1 Josepha de Almeida casada em 1735 com João Gonçalves Figueira, viúvo de Maria de Lara, f.º de Manoel Affonso Gaya e de Maria Fernandes Figueira; com geração em Gayas dos 2 casamentos de João Gonçalves.
 
 
§ 11.º

1-11 Antonio Pires, f.º do Cap. 10.º, foi casado com Cecilia Ribeiro, falecida em 1657, f.ª de Accenso de Quadros e de Anna Pereira; era já falecida em 1665 e teve 2 f.ºs:

2-1 Anna.

2-2 João.
 
 

§ 12.º

1-12 Jeronimo Pires, último f.º do Cap. 10.º, faleceu solteiro em 1664 com testamento. (Não vem no inventário de sua mãe em 1665).

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Cap. 11.º

Custodia Fernandes, f.ª do capitão Salvador Pires e de Messia Fernandes ou Messiaçú, casou-se em 1643 em S. Paulo com Domingos Gonçalves f.º de outro de igual nome e de Christina Luiz. Não descobrimos geração.
 
 

Cap. 12.º

Antonio Pires, último f.º do capitão Salvador Pires e Messia Fernandes, faleceu solteiro.


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